Segundo maior órgão do organismo, o fígado possui mais de 50 funções como metabolização de substâncias, produção de vitaminas e fatores de coagulação. Por esse motivo, quando afetam o órgão, as doenças hepáticas desequilibram todo o organismo.
Por serem silenciosas, muitas pessoas só descobrem alterações no fígado quando já estão com algum grau de comprometimento. Quer saber mais sobre as doenças hepáticas e como diagnosticá-las? Acompanhe o artigo a seguir!
As doenças hepáticas são alterações que prejudicam a saúde e o funcionamento do fígado, e podem ocorrer por diferentes fatores. Entre suas principais causas estão infecções virais, consumo excessivo de álcool, má alimentação, intoxicação por substâncias nocivas ou mesmo origem genética.
Por exercer diversas funções, o fígado atua no processo de digestão junto a produção de sais biliares (substâncias essenciais para a digestão de gorduras), de proteínas e componentes de grande relevância para o organismo.
Enquanto algumas doenças hepáticas podem ter desenvolvimento lento, outras apresentam rápida evolução. Contudo, a maioria apresenta tratamento e cura. A seguir, conheça as principais doenças hepáticas responsáveis por prejuízos à saúde do órgão.
A esteatose hepática é uma doença considerada comum e ocorre devido ao acúmulo de gordura no fígado. Suas causas podem envolver uma alimentação rica em açúcares, gordura, carboidratos e elevado consumo de bebida alcoólica. Além disso, a esteatose pode ser consequência de outras patologias, como obesidade, diabetes e disfunções metabólicas.
A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ter como causa infecções virais, uso de medicamentos, substâncias tóxicas e excesso de bebida alcoólica. Em hepatites virais, a infecção acontece por diferentes tipos de vírus. No Brasil, segundo o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, as hepatites mais comuns são as dos tipos B e C.
Na cirrose hepática ocorre a lesão e destruição gradual do tecido do fígado. Assim, as células do órgão são substituídas por tecido fibroso, levando a formação de cicatrizes. Os danos que o fígado sofre com a cirrose não podem ser revertidos. Contudo, é possível limitá-los com o tratamento adequado.
O câncer no fígado geralmente começa como um nódulo isolado ou múltiplos nódulos dentro do órgão. A doença pode ter diferentes fatores como causa. Entre eles estão risco genético, inflamação ou infecção crônica, como a hepatite, exposição a agentes tóxicos, entre outros.
A insuficiência hepática é a condição em que o fígado perde suas funções vitais. Pode ser aguda, quando ocorre subitamente devido a danos severos nas células do fígado, ou crônica, quando os danos se desenvolvem ao longo do tempo.
Os sintomas típicos de doenças hepáticas incluem cansaço, coceira, icterícia (pele e olhos amarelados), dores no abdômen, distensão abdominal, perda de peso, hematomas e hemorragia digestiva. No entanto, em muitos casos, os pacientes não apresentam sintomas, sendo surpreendidos pelo diagnóstico de alguma doença no fígado. As anormalidades e alterações no órgão podem ser identificadas em exames de sangue ou de imagem, feitos como parte de rotina.
Além do hemograma para verificar o funcionamento do órgão, outros testes contribuem para diagnosticar doenças hepáticas. Exames de urina, e radiografia torácica fazem parte da lista, assim como a elastografia.
A elastografia é um exame de imagem que avalia a elasticidade do órgão. Quanto mais rígido, maior a chance de apresentar alguma alteração. Além disso, é possível avaliar outros dados por meio do procedimento, como textura e dimensões do tecido e a presença de nódulos.
O exame utiliza método similar ao de uma ultrassom comum. Ou seja, o paciente deita sob a maca e o profissional desliza a sonda sob o abdômen com a ajuda de um gel. Isso permite ao médico gerar imagens na tela do aparelho em tempo real. Assim, a partir dessa visualização, é possível diagnosticar e avaliar a progressão de possíveis doenças no fígado.
As doenças hepáticas podem causar graves danos à saúde, levando o indivíduo à morte quando não tratadas. Contudo, por meio de exames de rotina e procedimentos como a elastografia, é possível diagnosticar e tratar as patologias que acometem o fígado, melhorando a saúde e qualidade de vida do indivíduo.
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