Gravidez ectópica: causas, sinais e diagnóstico

A gravidez ectópica é uma condição pouco frequente, que acomete entre 3 a 5% das gestantes brasileiras. Quando seu diagnóstico é tardio, pode apresentar riscos à gestante, visto que a gestação ocorre fora do úteroEntre suas principais causas estão endometriose, inflamações pélvicas e infecções sexualmente transmissíveis. A seguir, confira mais informações da gravidez ectópica ao continuar a leitura conosco.

O que é gravidez ectópica?

A gravidez ectópica é uma condição que ocorre quando se tem o feto implantado fora do útero. Desse modo, ainda que possa sobreviver por algumas semanas, o feto não consegue se desenvolver, visto que não há fornecimento adequado de sangue, oxigênio e nutrientes nem mesmo espaço para o bebê crescer. Portanto, a ruptura do saco gestacional ocorre entre a 6ª e a 16ª semanas.

Em sua grande maioria, esse tipo de gestação é tubária. Ou seja, o óvulo fecundado não chega ao seu destino, permanecendo nas tubas uterinas. Contudo, também pode ocorrer no colo do útero, ovário, abdômen e em cicatrizes de cesarianas. Atualmente, a gravidez ectópica representa uma das principais causas de mortalidade materna no primeiro trimestre gestacional.

Quais as causas?

Inúmeras situações podem provocar uma gestação fora do útero. Assim, é possível afirmar que em mais de 99% dos casos, era impossível ter qualquer tipo de cuidado preventivo. Contudo, condições adversas, como uso de pílulas do dia seguinte, tabagismo e inflamações pélvicas podem ter chances para a gravidez ectópica minimizadas, com o acompanhamento anual de um ginecologista. 

Por meio de consulta, o médico realiza uma avaliação clínica que permite identificar possíveis patologias, indicando protocolos de tratamento para preservar a saúde reprodutiva. Ainda que a gestação fora do útero ocorra em pequenos números, algumas doenças e condições podem colaborar para seu desenvolvimento. Entre as principais, estão:

  • Infecções Sexualmente Transmissíveis não tratadas adequadamente;
  • tratamento de reprodução humana assistida;
  • intervenção cirúrgica na região pélvica;
  • cesariana em gestação anterior;
  • malformação de tubas uterinas;
  • sequelas de clamídia;
  • inflamação pélvica;
  • endometriose;
  • laqueadura;
  • uso de DIU.

Essas são situações que podem predispor a gestação ectópica. No entanto, não são consideradas como um diagnóstico para a condição. Afinal, a gravidez fora do útero é pouco frequente. Por isso, deve ser investigada caso a caso.

Como são os sintomas dessa gravidez?

Na gravidez ectópica a mulher apresenta os mesmos sintomas de uma gestação comum. Ou seja, sensibilidade nos seios, enjoos, aumento da frequência para urinar, entre outros. Além disso, o embrião desenvolve-se normalmente, provocando atraso menstrual e positivando testes de gravidez, como o de urina  Beta HCG. Em alguns casos, pode ocorrer dor localizada, devido ao desenvolvimento nas trompas. 

Como é o diagnóstico da gravidez ectópica?

Ao identificar uma gestação, para que a mulher descubra se o embrião alojou-se corretamente no útero, é necessário realizar o ultrassom transvaginal. Esse exame de imagem permite ao médico certificar se aquele é um caso de   gravidez fora do útero ou não. 

Em alguns quadros, a mulher pode sentir os sintomas comuns da gestação logo no início. No entanto, outros sintomas mais complexos e graves contribuem sugerindo um caso de gravidez ectópica. Entre essas manifestações, estão:

  • inchaço incomum na região do abdome;
  • sangramento vaginal anormal;
  • choque hipovolêmico;
  • dores no abdome;
  • enjoos e vômito;
  • hemorragia;
  • desmaios;
  • fraqueza.

Esses casos são considerados graves. Por isso, na maioria das vezes é necessária a intervenção cirúrgica, visto que a gravidez fora do útero provoca o rompimento das trompas, resultando em hemorragia e consequências sérias à saúde da mulher. O método de tratamento para essa condição dependerá da avaliação individual de cada paciente.

Quando a gravidez é pequena, com o saco gestacional ainda entre 2 ou 3 cm, o hormônio Beta HCG baixo e a mulher em condições de saúde estáveis,o tratamento pode ocorrer por meio de medicaçãoAlém disso, o tratamento pode ser cirúrgico, por videolaparoscopia. Assim, durante a operação, o cirurgião analisa a situação da trompa e decide pela interrupção da gravidez. Esse procedimento costuma ser rápido e seguro.

A gravidez ectópica é aquela que acontece fora do útero, e quando não diagnosticada rapidamente, pode comprometer a saúde da mulher, com complicações como hemorragias devido ao rompimento das tubas uterinas. Por isso, é fundamental que a gestante realize o acompanhamento pré-natal, garantindo sua saúde e a de seu bebê.

Estas informações foram úteis? Conheça quais exames devem ser feitos durante o pré-natal!

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