Primeiro trimestre de gestação: quais exames fazer

Está no primeiro trimestre de gestação? Então você já deve ter ouvido falar, e muito, da importância do pré-natal. O pré-natal é o período das consultas médicas durante a gravidez, que são fundamentais para acompanhar o desenvolvimento do feto e tratar qualquer risco ou condição que possa prejudicar a saúde de mães e bebês.

É fundamental começar o pré-natal antes da 10ª semana de gestação, sendo indicado marcar a primeira consulta com o obstetra assim que a paciente descobre a gravidez. Para te ajudar nesse período, preparamos um post completo com todas as informações sobre os exames mais importantes do primeiro trimestre. Confira:

Pré-natal no primeiro trimestre de gestação

Não há uma quantidade específica de exames que devem ser feitos ao longo da gravidez, mas sim uma indicação do que pode ser avaliado a cada trimestre, desde o desenvolvimento do bebê até doenças e malformações.

Uma gravidez de risco pode precisar de um acompanhamento mais intenso, com um ultrassonografia obstétrica a cada consulta; já uma gestação tranquila pode passar com um único ultrassom por trimestre. Não há regra nem receita, por isso repetimos: faça o acompanhamento pré-natal com um obstetra de confiança!

Confira alguns dos exames mais comuns durante o pré-natal:

Exames Físicos

Assim que confirmada a gravidez, será necessário acompanhar a saúde da nova mamãe com alguns exames físicos. O principal deles é a medição da pressão arterial, pois a hipertensão pode prejudicar o desenvolvimento do feto e da placenta, provocar parto prematuro, além do risco de pré-eclâmpsia (hipertensão com perda de proteínas na urina) e eclâmpsia (convulsões provocadas pela pressão alta).

Além disso, em cada consulta do pré-natal, o médico vai acompanhar o peso da mãe. Nas primeiras semanas é normal que a gestante perca peso, por não conseguir se alimentar direito por causa dos enjoos.

Por fim, no primeiro trimestre de gestação é importante fazer o papanicolau, se o exame não tiver sido feito recentemente, para descartar o câncer de colo de útero. A gestante deve relatar qualquer corrimento incomum para o ginecologista, pois pode ser sintoma de infecção.

Ultrassons

No primeiro trimestre de gestação a ultrassonografia transvaginal é utilizada para confirmar a gravidez e atestar que o embrião está se desenvolvendo no lugar certo: dentro do útero e dentro do saco gestacional. É nesse exame que os pais podem ouvir pela primeira vez o som do batimento cardíaco do bebê.

Nessa fase inicial, existe a possibilidade de gestações ectópicas, em que o embrião acaba se alojando fora do útero, ou em que a placenta não se desenvolve normalmente. Nesses casos, é necessário interromper a gestação, pois o óvulo fertilizado não vai sobreviver e o seu crescimento pode causar danos internos e até a morte da mulher.

O ultrassom também ajuda a identificar se é uma gravidez de gêmeos e estimar a idade gestacional medindo o tamanho do feto. Os médicos também utilizam o ultrassom para avaliar alterações nos ovários e no útero, como miomas ou cistos, que possam atrapalhar o desenvolvimento da gestação.

Para detectar malformações no feto e doenças como a Síndrome de Down, é necessário aguardar o segundo trimestre da gravidez para fazer o ultrassom morfológico e o exame de translucência nucal. Já no terceiro trimestre, a ultrassonografia mostra o crescimento do bebê, sua posição no útero (essencial para o parto) e a posição do cordão umbilical.

Exames de Laboratório

Além da ultrassonografia, é fundamental realizar os exames de sangue e urina em laboratório no primeiro trimestre de gestação. O exame de urina vai determinar se há alguma infecção urinária, que se não for tratada pode induzir um parto prematuro. Já os exames de sangue vão atestar a saúde da mãe e avaliar alguns riscos para a gestação.

O primeiro exame de sangue costuma ser o de tipagem sanguínea. Ele é importante para detectar se uma mãe com fator Rh negativo (tipos A-, B-, AB- e O-) está grávida de um bebê Rh positivo (A+, B+, AB+ e O+).

Durante a gravidez, é muito raro que o sangue da mãe se misture ao do bebê, mas o contato pode acontecer durante o parto. Nesse momento, o organismo da mãe pode responder produzindo anticorpos contrários ao fator Rh do filho. Assim, em uma segunda gestação, o corpo dessa mãe pode rejeitar um feto com sangue Rh positivo, levando a um aborto espontâneo.

Essa condição é conhecida como eritroblastose fetal. Para evitar o risco, as mulheres com fator Rh negativo grávidas de bebês Rh positivo recebem injeções de imunoglobulina na reta final da gravidez e antes do parto, para impedir que o organismo produza os anticorpos.

Outro exame importante é o hemograma, para avaliar se a gestante está anêmica ou com alguma infecção ativa. Por conta da retenção de líquidos, que é natural na gravidez, o sangue da gestante acaba diluído, o que causa uma anemia leve e sem riscos. Porém, quadros mais graves de anemia (com hemoglobina abaixo de 11g/dL) precisam ser tratados imediatamente. O hemograma pode ser repetido nos outros trimestres, conforme indicação médica.

Além do hemograma e da tipagem sanguínea, outros exames de sangue podem ser solicitados, como:

  • Tireoide: o hipertireoidismo pode causar abortos espontâneos;
  • CMV ou Citomegalovírus: um vírus que pode afetar o crescimento do bebê e causar microcefalia, surdez e icterícia;
  • Rubéola: a infecção da mãe pelo vírus da rubéola aumenta o risco de aborto espontâneo e parto prematuro, além de causar malformações no cérebro e no coração do bebê;
  • Toxoplasmose: o contato com o protozoário da toxoplasmose pode causar malformações no bebê, especialmente nos olhos e ouvidos, além de danos cognitivos;
  • Hepatites B e C: se a mãe for portadora de hepatite é necessário tratar para não contaminar o bebê;
  • VDRL: o exame detecta a sífilis, uma DST (doença sexualmente transmissível) que pode causar malformações no feto ou provocar abortos espontâneos;
  • HIV: se a mãe for portadora da doença e receber o tratamento adequado, o bebê corre um risco muito baixo de ser contaminado;
  • Glicemia de jejum: o exame diagnostica a diabetes gestacional, causada pelas mudanças hormonais no organismo da mãe. Com altos níveis de glicose, o bebê pode crescer mais do que o necessário, dificultando o parto, e tem mais chances de desenvolver diabetes e obesidade na vida adulta.

Você já sabe, mas não custa lembrar: fazer o pré-natal é a maior demonstração de cuidado e amor com o seu bebê, antes mesmo dele nascer. Para garantir uma gestação saudável e correr menos riscos até o parto, consulte seu obstetra conforme a indicação e realize todos os exames em uma clínica de confiança!

Para fazer seus exames de ultrassom com conforto e tranquilidade no primeiro trimestre de gestação, conte com a Clínica CEU. Solicite a marcação dos exames clicando aqui!

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Equipe da Clínica CEU

Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9

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