Consideradas um marco na trajetória da saúde humana, as vacinas salvam anualmente a vida de mais de 3 milhões de pessoas no mundo. Por isso, o Dia Nacional da Imunização, celebrado em 9 de junho, contribui para ressaltar a importância da vacinação no combate de epidemias. 

Entre os imunizantes mais importantes da história por contribuírem na diminuição no número de casos de doenças graves estão as vacinas contra a poliomielite, sarampo, caxumba, rubéola e, a mais recente, contra a Covid-19. Contudo, muitas doenças já erradicadas no Brasil estão voltando. A seguir, você vai saber os motivos e conferir a importância da imunização.

Qual a importância do Dia Nacional da Imunização?

O Dia Nacional da Imunização visa chamar a atenção da população para a importância da vacinação para a saúde individual e coletiva. Afinal, manter as vacinas em dia, seja em qualquer fase da vida, é a melhor forma de evitar infecções e doenças que podem ser fatais. Além disso, a imunização contribui diminuindo o risco de complicações em grupos com maior risco, como pessoas com doenças crônicas, crianças e idosos.

Por que doenças já erradicadas no país estão voltando?

A elaboração de vacinas foi um dos maiores passos na ciência, evitando mortes e sequelas de milhões de pessoas. Contudo, é possível notar que muitas doenças que já haviam sido erradicadas no país estão de volta, como o sarampo, a varíola e a polio, doença que não era registrada no Brasil há mais de 33 anos. Essa falta de adesão para a imunização é resultado da falta de informação e ausência de campanhas de vacinação nos últimos anos.

Dessa forma, a desinformação e a disseminação de notícias falsas (fake news) sobre as vacinas aumentam os grupos anti-vacina. Portanto, os fatores representam grande risco para a volta dessas e outras doenças graves que podem ser evitadas com a imunização.

Como funciona o calendário anual de imunização?

O calendário básico de vacinação é desenvolvido pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações), e corresponde ao conjunto de vacinas prioritárias à saúde pública no Brasil. Desse modo, o calendário recomenda vacinas desde o nascimento até a terceira idade.

Por isso, a prevenção pode ser feita em qualquer indivíduo, visto que os imunizantes estão disponíveis na rede pública. Entretanto, clínicas particulares também podem realizar essas e outras imunizações quando necessário. Conheça a seguir, como funciona o calendário nacional de imunização:

Ao nascer

• Vacina BCG (Dose única) tuberculose (miliar e meníngea); 
• Vacina Hepatite B;

2 meses

• Vacina poliomielite (1ª dose)
• Vacina pneumocócica 10 – valente (1ª dose) para infecções invasivas como meningite, pneumonia e otite média aguda;
• Vacina rotavírus humano (1ª dose);
• Vacina (Penta) (1ª dose) para evitar Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B e infecções causadas pelo Haemophilus influenzae B;

3 meses

• Vacina meningocócica C (1ª dose);

4 meses

• Vacina (Penta) (2ª dose);
• Vacina poliomielite 1, 2 e 3 (2ª dose);
• Vacina pneumocócica 10 – valente (2ª dose);
• Vacina rotavírus humano (2ª dose);

5 meses

• Vacina meningocócica C (2ª dose);

6 meses

• Vacina (Penta) (3ª dose);
• Vacina poliomielite (3ª dose);
• Vacina Influenza (1 ou 2 doses (anual);
• Vacina Covid-19 (1ª dose);

7 meses

• Vacina Covid-19 (2ª dose);

9 meses

• Vacina Febre Amarela (1 dose);
• Vacina Covid-19 (3ª dose);

12 meses

• Vacina pneumocócica 10 – valente (Reforço);
• Vacina meningocócica C (Reforço);
• Vacina Sarampo, Caxumba, Rubéola (Tríplice viral) (1ª dose); 

15 meses

• Vacina Difteria, Tétano e pertussis (DTP) (1º reforço);
• Vacina poliomielite 1 e 3 (1º reforço);
• Vacina adsorvida Hepatite A (1 dose);
• Vacina Tetra viral (1 dose);

4 anos

• Vacina Difteria, Tétano e pertussis (DTP) (2º reforço);
• Vacina Febre Amarela (atenuada) (Reforço);
• Vacina poliomielite 1 e 3 (2º reforço);
• Vacina varicela (monovalente) (1 dose);

5 anos

• Vacina Febre Amarela (atenuada) – (FA) (1 dose, caso a criança não tenha recebido as 2 doses recomendadas de acordo com o calendário antes de completar 5 anos);
• Vacina pneumocócica 23 – valente (Pneumo 23) (1 dose);

9 e 10 anos

• Vacina HPV Papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (Dose única);

11 a 14 anos

• Vacina HPV Papilomavírus humano 6, 11, 16 e 18 (Dose única) Para os adolescentes não vacinados, de 15 a 19 anos de idade;
• Vacina meningocócica ACWY (Uma dose);

18 anos

• Vacina Difteria, Tétano, Pertussis (dTpa – acelular) (Uma dose) – Reforço a cada 10 ou 5 anos, de acordo com a necessidade em caso de ferimentos graves;

20 a 29 anos

• Vacina Tríplice viral (Duas doses) para evitar Sarampo, Caxumba e Rubéola;

30 a 59 anos

• Vacina Tríplice viral (Uma dose);

A partir de 60 anos

• Vacina Hepatite B (3 doses, de acordo com histórico vacinal);
• Vacina Difteria e Tétano (dT) (3 doses, de acordo com histórico vacinal | Reforço a cada 10 anos ou a cada 5 anos em caso de ferimentos graves);
• Vacina Febre Amarela (VFA – atenuada);
• Vacina Difteria, Tétano, Pertussis (dTpa – acelular) (Uma dose – Reforço a cada 10 ou 5 anos, de acordo com a necessidade em caso de ferimentos graves;

Gestantes no pré-natal

• Vacina Hepatite B (HB – recombinante) (Iniciar ou completar 3 doses, de acordo com histórico vacinal);
• Vacina Difteria e Tétano (dT) (Iniciar ou completar 3 doses, de acordo com histórico vacinal;

Gestantes com 20ª semana e puérperas até 45 dias

• Vacina Difteria, Tétano, Pertussis (dTpa – acelular) (Uma dose a cada gestação).

O Dia Nacional da Imunização é uma data fundamental para informar a população sobre a relevância das vacinas para a prevenção de doenças e complicações graves, que podem causar a morte. Assim, agora que você já sabe a importância desse ato, garanta sua saúde e de sua família ao manter a caderneta de vacinação em dia! 

Quer conhecer outras formas de prevenir doenças? Então, saiba quais exames de rotina não podem faltar no check-up anual!

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