Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no mundo. Entre elas, está a doença arterial coronariana (DAC), responsável por uma média de 120 mil mortes por ano no Brasil, conforme uma estimativa da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP).

A doença ocorre com o estreitamento ou bloqueio no fornecimento de sangue ao coração, e está fortemente ligada a fatores de risco como diabetes, hipertensão, colesterol alto, tabagismo e obesidade. Continue a leitura para conhecer o que é a doença arterial coronariana, quais seus sintomas e formas de diagnóstico!

O que é e quais os sintomas da doença arterial coronariana?

A doença arterial coronariana consiste em um quadro clínico no qual ocorre o bloqueio parcial ou completo no fornecimento de sangue para o músculo cardíaco. Essa condição geralmente é uma consequência da aterosclerose, obstrução das artérias coronárias por placas de gordura e coágulos. 

Assim, ocorre a insuficiência nos vasos sanguíneos responsáveis pela irrigação do coração, fornecimento de nutrientes e oxigênio. Os sintomas da doença arterial coronariana permanecem latentes até que a obstrução atinja estágio grave, representando grave risco ao indivíduo. As primeiras manifestações podem surgir quando o coração submete-se a um esforço aumentado, como em exercícios físicos, ou mesmo em repouso. 

Os sintomas da doença arterial coronariana variam de pessoa para pessoa. No entanto, os mais frequentes são desconforto ou dor no peito, dificuldade para respirar, inchaço nos pés, desconforto em ombro ou braço, e esgotamento durante atividades físicas. Além disso, em mulheres, pode ocorrer dor atípica no peito que pode ser manifestada como dor aguda no abdômen ou costas.

Como ela ocorre?

Na maioria dos casos, a doença é provocada pelo depósito gradual de placas de gordura, como na aterosclerose, afetando não só as artérias que se encontram no coração. Além disso, outras causas podem estar relacionadas à redução anormal do fluxo de sangue no coração, como:

• disfunção endotelial, quando o vaso não se dilata diante a necessidade de maior fluxo de sangue;
• espasmo da artéria, e forma espontânea ou devido ao uso de entorpecentes;
• dissecção da artéria coronária;
• lúpus eritematoso sistêmico;
• inflamação das artérias;
• anomalias congênitas;
• coágulos;
• lesões.

Como é o seu diagnóstico?

Quando há suspeita de doença coronariana, além de avaliar o histórico do paciente, o médico solicita exames laboratoriais e procedimentos de diagnóstico por imagem. Entre os mais comuns, estão o eletrocardiograma (ECG), teste de esforço, ecocardiografia, angiografia, cintilografia e ressonância.

O eletrocardiograma visa mensurar a atividade elétrica do coração, mostrando possíveis lesões já ocorridas. Já o teste ergométrico, ou de esforço, permite ao médico avaliar diversos parâmetros diante do esforço físico, como arritmia ou isquemia.

Por sua vez, a ecocardiografia possibilita identificar isquemias sem o uso de radiação, diferente da cintilografia, que permite avaliar a perfusão do miocárdio e fornece informações fisiológicas ou funcionais do órgão. Finalmente, a ressonância magnética é um exame de imagem que colabora fornecendo dados anatômicos e funcionais que podem complementar de forma essencial a investigação da doença arterial coronariana. 

Na doença arterial coronariana, a obstrução de vasos sanguíneos por placas de gordura ou outras causas representa grave risco para a saúde do indivíduo, podendo causar a morte. Por esse motivo, é indispensável a realização de exames de rotina. Afinal, essa é a melhor forma de evitar complicações e possibilitar o diagnóstico precoce de doenças cardiovasculares como essa. Com testes específicos, a identificação dessa condição pode ocorrer ainda no início, permitindo que o tratamento ofereça melhor prognóstico ao paciente.

Que tal conferir mais sobre a saúde do coração? Então, veja quais os principais exames detectam doenças cardiovasculares!

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