O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres. Mesmo com campanhas de conscientização, como o Outubro Rosa, muitas delas não percebem os sintomas ou acabam adiando a ida ao médico ao notar alguma alteração.
Felizmente, o índice de cura do câncer de mama chega a 98% quando a doença é diagnosticada logo no início. O que dificulta o diagnóstico precoce é que, muitas vezes, os sintomas só são percebidos nos estágios mais avançados. Por isso é tão importante fazer o acompanhamento médico e realizar a mamografia periodicamente
A mamografia é uma espécie de radiografia das mamas. Quando realizada anualmente, ela pode identificar tumores logo nos primeiros estágios. Os mamógrafos mais modernos – digitais-DR – permitem hoje, diagnosticar o câncer quando ainda são pequenos focos de calcificações. A tecnologia mais antiga, analógica, oferece imagens com qualidade bem inferior, por isso é tão importante estar atento ao tipo de aparelho no qual o exame será realizado. Existe ainda, o mamógrafo digitalizado – CR, versão de qualidade intermediária, mas erroneamente oferecido como mamografia digital por alguns lugares.
A recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia e do Colégio Brasileiro de Radiologia é que a mamografia seja realizada anualmente a partir de 40 anos, preferencialmente por um mamógrafo digital. Em alguns grupos específicos, o rastreamento deve começar em pacientes mais jovens. Pode haver ainda, a necessidade de complementação com outros exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética.
Entenda melhor sobre esse exame, indicações e como ele é realizado:
A mamografia é um exame que utiliza a radiação para aquisição de imagens do tecido mamário, sendo possível detectar nódulos, calcificações, assimetrias e distorções. Os raios X emitidos por um tubo atravessam a mama e são detectados de forma analógica ou digital.
Na forma analógica, a radiação é capturada diretamente no filme que será revelado e avaliado pelo médico radiologista, sendo necessário uma lupa para ampliar as imagens impressas estáticas.
Na forma digital (DR), a radiação é capturada por detectores posicionados logo abaixo da mama, que transmitem de forma eletrônica as imagens diretamente para um computador de alta definição. Por isso, o radiologista pode ampliar uma determinada área, modificar o enquadramento, verificar cada ponto da imagem detalhadamente ou, ainda, melhorar o contraste para comparar com exames anteriores, facilitando o diagnóstico. Os aparelhos digitais (DR) ainda utilizam filtros e a radiação emitida pelo tubo de raios X é menor para gerar as imagens.
A mamografia digitalizada (CR) é uma adaptação das duas tecnologias. O tubo de raio X é o mesmo dos equipamentos analógicos, portanto a radiação é a mesma. Após atravessar a mama, o feixe de raio X é capturado por uma placa – o “chassi”, que posteriormente passará por uma leitura digital e aí sim será transmitida para um computador. As imagens são inferiores às do digital, porque neste processo pode haver perda de qualidade.
A mamografia digital é muito mais eficaz porque ela consegue mostrar calcificações, nódulos e outras lesões em estágios bem iniciais, além de fornecer informações sobre estes problemas. O exame permite, deste modo, um diagnóstico mais precoce e um início mais rápido do tratamento.
A paciente é posicionada em pé e as mamas são colocadas no aparelho, onde há uma compressão horizontal e vertical. Pode haver ainda, a necessidade de compressões adicionais em uma determinada área que tenha sido caracterizada pelo médico radiologista nas imagens iniciais.
Os complementos não indicam necessariamente uma lesão. Às vezes, são necessários apenas para espalhar melhor as glândulas mamárias, melhorando a visualização de determinada área.
Sim, a compressão é extremamente necessária. O seu principal objetivo é uniformizar e reduzir a espessura da mama facilitando a penetração do feixe de raio X.
A compressão também melhora a nitidez, separa as estruturas no interior da mama e diminui a probabilidade da lesão ser obscurecida por sobreposição de tecido normal. A redução da espessura da mama resulta em menor dose de radiação dispersa, além de imobilizá-la evitando que a paciente se movimente e prejudique a qualidade do exame.
Os aparelhos digitais permitem mensurar e registrar a força utilizada em cada compressão. Portanto, existe a possibilidade do médico certificar que o exame foi feito dentro dos parâmetros de força mínima e máxima recomendados .
Existem dois tipos principais de indicação: mamografia de rastreamento e mamografia diagnóstica. A mamografia de rastreamento deve ser realizada a partir dos 40 anos em todas as mulheres assintomáticas.
A mamografia diagnóstica é realizada para avaliar alterações percebidas pelo médico ou pela paciente, como por exemplo: nódulos palpáveis, retrações de pele , secreção no mamilo.
A mamografia apresenta os mesmos riscos que qualquer exame que utiliza radiação. A radiação da mamografia digital, no entanto, é menor que que a radiação emitida pela radiografia analógica. Essa radiação é menor do que um dia de sol que você pega na praia, mas ela vai acumulando ao longo dos exames realizados.
O câncer de mama é um dos mais agressivos quando não diagnosticados precocemente. Felizmente, a tecnologia tem ajudado cada vez mais na prevenção dessa doença, criando exames importantes como a mamografia digital, a nossa principal aliada na prevenção de diversos problemas no tecido mamário.
Uma dica para agilizar o seu diagnóstico é realizar o acompanhamento em uma clínica que possua o mamógrafo digital, como a Clínica CEU.
Nunca deixe de realizar os exames preventivos, porque a cura de diversas doenças só é possível com eles – o câncer de mama é só uma delas. Confira também 5 motivos para você realizar o check-up anualmente.
Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9