A presença de nódulos na tireoide é algo comum, principalmente entre as mulheres. Cerca de um terço da população feminina mundial deverá desenvolver, pelo menos, um nódulo. Por esse motivo, a biópsia na tireoide é um exame muito realizado.
Contudo, seja pelo seu nome ou pelo procedimento em si, essa coleta de material para análise ainda costuma assustar aqueles que precisam realizá-la. Para que você entenda melhor esse exame, desenvolvemos este conteúdo. Continue a leitura para conferir como é feita a biópsia na tireoide!
Os distúrbios da tireoide são condições que afetam o funcionamento da glândula, colocando em risco todo o organismo. Segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) 60% da população brasileira deve desenvolver algum nódulo na tireoide.
O dado traz atenção aos cuidados primários com a saúde, que infelizmente ainda são uma deficiência nacional. No entanto, nem sempre os nódulos se tornam malignos, visto que a estimativa é que apenas 5% sejam cancerígenos.
Entre os distúrbios na tireoide que podem tornar necessária a biópsia na tireoide está o hipertireoidismo, que leva a tireoide a produzir hormônios excessivamente. Esta é uma das doenças da tireoide mais grave e pode induzir a problemas no coração e nos ossos. Ele afeta, sobretudo, as mulheres de 20 a 40 anos, mas também pode se instalar em homens e idosos.
Oposto ao hipertireoidismo, o hipotireoidismo é causado pela queda dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Na maioria dos casos, o hipotireoidismo é uma resposta a uma inflamação chamada Tireoidite de Hashimoto, doença autoimune. Nela o organismo produz anticorpos contra a tireoide, que por consequência diminui sua capacidade de produção.
A tireoidite pós-parto é um distúrbio frequente, que se desenvolve geralmente no primeiro ano pós-parto. A condição pode se dar de três formas: hipotireoidismo ou hipertireoidismo transitório e hipertireoidismo transitório seguido de hipotireoidismo transitório.
O bócio é caracterizado pelo crescimento anormal da tireoide ou da glândula localizada abaixo dela, o que forma um caroço na região. Muito visível, o bócio vem acompanhado por nódulos.
O principal sintoma é o surgimento de irregularidades no pescoço. A pessoa também passa a sentir desconforto na região, falta de ar e dificuldade para engolir, além de apresentar tosse e rouquidão.
A biópsia é um procedimento realizado em praticamente qualquer parte do corpo, em que o médico realiza a retirada de pequenos fragmentos de tecido para análise em laboratório. A forma mais simples e menos invasiva de realizar esse procedimento é por meio da punção aspirativa por agulha fina (PAAF).
Essa é a técnica usada de biópsia na tireoide, e permite que sejam retiradas células e tecidos para avaliação especializada, como o exame citológico. Feita com auxílio de anestesia local, a biópsia na tireoide causa mínimo desconforto ao paciente, que pode suportá-la facilmente.
Com a guia de um ultrassom, o médico responsável pelo exame realiza a inserção da agulha fina no local do nódulo e realiza movimentos de vem e vai, permitindo a coleta de pequenas porções de células e líquidos para análise. Além disso, a biópsia na tireoide pode ser feita por meio de procedimento cirúrgico. Ainda que seja uma coleta relativamente simples, exige um dia de internação hospitalar.
Após análise realizada em laboratório de patologia, em que é possível determinar se o material colhido apresenta células malignas ou benignas, o médico pode realizar o diagnóstico correto e determinar o tratamento adequado.
Diante da técnica PAAF, o resultado pode ser inconclusivo ou mesmo suspeito. Em casos como esse, o médico especialista deve decidir se é necessário realizar outra coleta, com fragmentos maiores para análise.
Agora você já sabe como é realizada a biópsia na tireoide, procedimento muito indicado para analisar alterações dessa glândula e assegurar o diagnóstico adequado, melhorando as chances de sucesso do tratamento quando realizado precocemente.
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Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9