Biopsia da tireoide: você sabe o que é?

A biopsia da tireoide é um exame realizado quando há presença de nódulo. Os distúrbios que acometem essa glândula afetam seu funcionamento, colocando em risco todo o organismo. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), 60% da população brasileira desenvolverá algum dia nódulos na tireoide, seja criança, adulto ou idoso. Dados como esse nos fazem aumentar a atenção aos cuidados com a saúde. 

No entanto, a estimativa é que, dos nódulos presentes na tireoide, apenas 5% sejam diagnosticados como cancerígenos. O controle e acompanhamento médico é a chave para que, ainda que sejam malignos, esses nódulos possam ser curados, garantindo saúde e bem-estar ao indivíduo. A seguir, saiba mais sobre a biopsia da tireoide, exame utilizado para identificar possíveis células cancerígenas na glândula.

 

Qual a função da tireoide no organismo?

Antes de saber mais sobre a biopsia da tireoide, é importante entender a função dessa glândula no organismo. A tireoide é o centro de comando do bom funcionamento do organismo. Ela está localizada na região do pescoço e produz dois hormônios que atuam como mensageiros das funções metabólicas. 

Essas substâncias, conhecidas como triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), circulam na corrente sanguínea, regulando a função dos órgãos, controlando o metabolismo, a transformação de alimentos em energia e a temperatura.

Por outro lado, a função da tireoide é comandada por uma pequena glândula, chamada hipófise. Ela fica instalada na base do cérebro e produz um hormônio estimulante da tireóide (TSH), que leva o órgão a produzir a T3 e a T4.

Além disso, a tireoide age diretamente nas funções de órgãos como o cérebro, coração, rins e fígado, influenciando na fertilidade, ciclo menstrual, emocional, capacidade de concentração, memória e peso.

O que é a biopsia da tireoide?

A biopsia da tireoide é o exame realizado para direcionar o médico sobre o diagnóstico de um nódulo na glândula, entre benigno ou maligno. Por meio dele, é retirada uma amostra de tecido que permite identificar a presença de células cancerígenas. 

De acordo com a American Cancer Society, a taxa de sobrevida e cura para todos os tipos de câncer de tireoide descobertos no primeiro e segundo estágios é de 100%. Por isso, realizar acompanhamento médico com exames como a biopsia da tireoide, é fundamental.

Quando o exame deve ser feito?

O diagnóstico conclusivo do câncer de tireoide só pode ser feito com o auxílio de uma biopsia. De forma geral, o exame é indicado ao paciente quando existem suspeitas de alterações nas células, tecidos ou órgãos. Isso porque, a biopsia permite descobrir a natureza da alteração, assim como o grau de evolução de uma doença. 

A forma mais comum de analisar um nódulo na glândula é por meio da biopsia da tireoide por punção aspirativa por agulha fina (PAAF). A recomendação para esse exame é feita para pessoas que apresentam nódulos:

  • iguais ou maiores a 1 cm, sólidos ou não sólidos, com microcalcificações;
  • maiores a 0,5 cm com características de malignidade ao ultrassom;
  • mistos, com características de malignidade ao ultrassom;
  • com aumento de 50% em seu volume durante o acompanhamento. 

Ainda que esse tipo de biopsia não seja indicada para nódulos líquidos, visto que são sempre benignos, a PAAF pode ser realizada para melhorar os sintomas associados, permitindo o esvaziamento do nódulo.

Como é realizada a biópsia da tireoide?

A biópsia da tireoide é um procedimento em que o médico faz a retirada de um pequeno fragmento do tecido local. Essa amostra é então enviada para a análise laboratorial. O modo mais comum de realizar a biópsia, a PAAF, pode ser realizado em consultórios médicos, clínicas especializadas e em hospitais. 

No exame, não se faz a retirada de fragmentos de tecidos, e sim de células. Por isso, esse exame é classificado como citológico (referente às células). Durante o exame, é realizada anestesia local, aliviando a dor e o desconforto do paciente. Desse modo, o exame pode ser facilmente suportado. 

Com o local anestesiado, o profissional responsável pelo exame utiliza o auxílio do ultrassom, guiando a agulha para a região em que o nódulo está. Em seguida, uma pequena porção de líquido é aspirada, assim como as células. Outra maneira menos comum de realizar a biopsia da tireoide é por meio de procedimento cirúrgico.

Quanto tempo demora o exame? 

A biopsia da tireoide realizada por meio de cirurgia exige internação de um dia. Já o exame por meio de punção é rápido, e costuma durar apenas alguns minutos. Por esse motivo, é o mais realizado, visto que apresenta excelente diagnóstico com menor desconforto, uso de anestesia local, e em apenas alguns minutos. 

A biopsia da tireoide é um exame eficaz e seguro, que permite identificar nódulos benignos e malignos na glândula. O acompanhamento e a realização de exames preventivos, como esse, permite identificar doenças ainda em seu início, fator que aumenta a chance de cura de forma expressiva. 

Gostou deste conteúdo? Então, conheça também os principais distúrbios da tireoide!

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Biopsia da tireoide: você sabe o que é?
Equipe da Clínica CEU

Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9

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