Cintilografia: o que é, para que serve e quando fazer esse exame de imagem funcional

A medicina nuclear é uma das áreas mais avançadas no diagnóstico médico, permitindo avaliar o funcionamento de órgãos e tecidos de forma detalhada.

Dentro dela, a cintilografia se destaca como um dos principais métodos para identificar alterações funcionais que muitas vezes não são visíveis em outros exames de imagem.

Neste artigo, você vai entender o que é a cintilografia, quando esse exame é indicado, como funciona e quais benefícios pode trazer para o acompanhamento da sua saúde.

O que é a cintilografia?

A cintilografia é um exame de imagem funcional realizado na área da medicina nuclear

Diferente de exames como ultrassom ou tomografia, que mostram apenas estruturas anatômicas, a cintilografia avalia o funcionamento dos órgãos, permitindo identificar alterações precocemente.

O procedimento consiste na aplicação de pequenas quantidades de substâncias radioativas, chamadas radiofármacos, que emitem radiação de baixa intensidade. 

Essas substâncias se concentram no órgão em estudo, e uma câmera especial chamada gama-câmara capta as imagens.

Para que serve o exame de cintilografia?

O exame de cintilografia tem a função de auxiliar no diagnóstico de diversas condições clínicas, pois mostra como um órgão ou tecido está funcionando.

Entre as principais indicações estão:

  • Avaliação do fluxo sanguíneo em órgãos. 
  • Estudo da função da tireoide. 
  • Diagnóstico e acompanhamento de doenças cardíacas. 
  • Identificação de infecções ou inflamações. 
  • Investigação de tumores e metástases. 
  • Estudo de doenças ósseas através da cintilografia óssea. 

Ou seja, trata-se de um exame muito versátil, que pode ser solicitado em diferentes especialidades médicas.

Para que serve o exame de cintilografia

Quando o exame de cintilografia é indicado?

A indicação da cintilografia depende do quadro clínico de cada paciente. Geralmente, os médicos recomendam o exame quando há necessidade de entender o funcionamento de um órgão específico.

Algumas situações comuns incluem:

  • Na cardiologia: análise da circulação do coração e investigação de isquemia. 
  • Na endocrinologia: avaliação da glândula tireoide em casos de hipertireoidismo ou nódulos. 
  • Na ortopedia: detecção de fraturas ocultas, tumores ósseos e metástases por meio da cintilografia óssea. 
  • Na oncologia: estudo de tumores e disseminação para outros órgãos. 
  • Na nefrologia: avaliação da função renal e obstruções.

Tipos de cintilografia

A medicina nuclear permite diferentes modalidades de cintilografia, cada uma voltada para um órgão ou sistema específico.

Cintilografia óssea

A cintilografia óssea é um dos exames mais comuns. Ela permite identificar alterações nos ossos, sendo indicada para investigação de:

  • Metástases ósseas. 
  • Processos inflamatórios. 
  • Infecções ósseas (osteomielite). 
  • Fraturas não detectadas em radiografias. 

Cintilografia da tireoide

Muito utilizada na endocrinologia, ajuda a diferenciar nódulos benignos e malignos e a avaliar o funcionamento da glândula.

Cintilografia do miocárdio

Auxilia na investigação de doenças cardíacas, mostrando áreas do coração que podem estar recebendo menos sangue.

Cintilografia renal

Usada para avaliar a função dos rins e identificar possíveis obstruções ou refluxos.

Como é feito o exame de cintilografia?

O exame de cintilografia segue algumas etapas simples e seguras:

  1. O paciente recebe uma pequena dose de radiofármaco por via oral ou intravenosa. 
  2. O radiofármaco se concentra no órgão alvo. 
  3. Após um tempo de espera, o paciente é posicionado na gama-câmara. 
  4. O equipamento registra imagens detalhadas do órgão em funcionamento. 

O tempo de duração pode variar entre 30 minutos e algumas horas, dependendo do tipo de estudo.

Diferença entre exames anatômicos e exames funcionais

Para entender melhor a importância da cintilografia, veja a tabela comparativa:

Tipo de exame Exemplo O que mostra Quando indicado
Anatômico (estrutura) Ultrassom, tomografia, raio-X Estruturas físicas (forma, tamanho) Avaliar anatomia e lesões estruturais
Funcional (atividade) Exame de cintilografia Funcionamento dos órgãos e tecidos Investigar alterações metabólicas, fluxo sanguíneo e atividade celular

Benefícios da cintilografia

O exame de cintilografia apresenta vantagens relevantes:

  • Detecta alterações precocemente, antes de surgirem mudanças estruturais. 
  • É seguro, pois utiliza baixas doses de radiação. 
  • Pode ser aplicado em diversas especialidades médicas. 
  • Complementa outros métodos de imagem, oferecendo uma visão mais completa. 

Cuidados antes e depois do exame

A preparação varia de acordo com o tipo de cintilografia solicitada. Em alguns casos, pode ser necessário jejum ou suspensão de medicamentos.

Após o exame, recomenda-se beber bastante água para ajudar na eliminação do radiofármaco. O paciente pode retornar às suas atividades normalmente.

Medicina nuclear: a ciência por trás da cintilografia

A medicina nuclear é a especialidade responsável por exames como a cintilografia óssea e a cintilografia cardíaca, renal e tireoidiana. Ela combina conhecimentos de radiologia, biologia e tecnologia, oferecendo diagnósticos precisos e personalizados.

Esse campo tem se expandido cada vez mais, sendo essencial no acompanhamento de doenças crônicas e no tratamento de pacientes oncológicos.

Quando conversar com o médico sobre a cintilografia?

Se você apresenta sintomas persistentes, já realizou outros exames de imagem e ainda não teve um diagnóstico claro, a cintilografia pode ser uma opção recomendada pelo seu médico. 

Além disso, se houver suspeita de problemas funcionais em órgãos como coração, rins ou ossos, esse exame pode fornecer respostas que outros métodos não conseguem oferecer.

Considerações finais

A cintilografia é um recurso fundamental na medicina nuclear, oferecendo informações funcionais que complementam os exames anatômicos. 

Com ela, médicos conseguem identificar doenças em estágios iniciais e acompanhar a evolução de diversos tratamentos.

Seja na investigação de doenças ósseas por meio da cintilografia óssea, na avaliação da função da tireoide, dos rins ou do coração, esse exame de imagem funcional é um aliado indispensável para diagnósticos mais precisos.

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