Cuidar do coração, um dos principais órgãos do corpo humano, pode parecer assunto de quem já chegou na melhor idade. E não sem razão: as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte de homens e mulheres acima dos 65 anos. Porém o pedido de ecocardiograma não significa que o paciente tenha algo grave.
Altamente eficaz na detecção de diversas doenças, o exame também é muito importante na prevenção e monitoramento da saúde durante várias fases da vida, inclusive na gestação. Existem vários tipos de ecocardiograma – transtorácico, fetal, transesofágico, sob estresse e com doppler – , que podem ser tanto bidimensionais quanto tridimensionais.
Por não ser um procedimento invasivo, ele é simples e indolor. Saiba mais sobre esse exame:
O ecocardiograma ou ecocardiografia nada mais é do que um ultrassom do coração. Ele auxilia na avaliação de algumas características do órgão, como as morfológicas – tamanho, aparência, espessura, formato -, capacidade de funcionamento e fluxo sanguíneo. Com isso, ajuda a detectar uma série de condições e doenças, já desenvolvidas ou futuras.
O exame é considerado não invasivo, pois não envolve radiação ou métodos que possam oferecer risco à saúde. E sua realização é simples, prática e de baixo custo.
Para a realização da ecocardiografia, o paciente se deita sob a maca e, com a ajuda de um gel, o especialista desliza o transdutor sob a pele. Esse aparelho emite ondas sonoras que, ao encontrarem a massa dos órgãos, produzem ecos que são transformados em imagens, que podem ser bidimensionais (convencional) ou tridimensionais (3D).
A diferença do tridimensional está no maior detalhamento das informações, já que ele avalia três ângulos simultaneamente, e não apenas dois. A técnica permite uma melhor avaliação quantitativa e qualitativa espacial e da movimentação do coração. Há também ecocardiografias que são realizados via oral, com a ajuda de uma sonda, que permite visualizar o órgão internamente.
O exame dura, em média, de 15 a 20 minutos, e o paciente pode acompanhar todo o processo em tempo real. Para a maioria dos tipos não é necessário preparação.
O ecocardiograma transtorácico (ETT) é o mais realizado. O transdutor é deslizado sob o peito e a parede abdominal, gerando imagens em tempo real do coração. Durante a sua realização, o médico pode solicitar que o paciente faça pequenos movimentos com o corpo.
Como o próprio nome sugere, o ecocardiograma fetal (ecofetal) é realizado durante a gravidez para avaliar o desenvolvimento do coração do bebê e detectar possíveis doenças. É um dos exames de rotina do pré-natal, realizado entre a 18ª e 24ª semana de gestação.
A ecocardiografia com doppler permite ver o coração em movimento e é indicado para a avaliação do fluxo de sangue no coração, nas válvulas cardíacas e nos vasos sanguíneos. A velocidade e a direção desse fluxo são as principais medidas do exame.
O ecocardiograma transesofágico (ETE) é realizado em casos especiais, a pedido do médico para complementar o diagnóstico do ecocardiograma transtorácico (ETT). Diferentemente deste, o exame é realizado via oral, através da inserção de uma sonda no paciente. Para isso, é necessário anestesia local, e é o único que exige preparação, com jejum de, no mínimo, três horas. Por estar mais perto do coração, o exame permite imagens mais nítidas do órgão.
Esse ecocardiograma é realizado antes ou após o coração ser submetido a um estresse, ou seja, quando é levado a uma condição acelerada, com batimentos mais intensos e rápidos. Isso pode ser causado tanto através de ingestão de medicamentos quanto por meio de realização de atividades físicas, como esteira ou bicicleta ergométrica, dependendo da avaliação do médico. O exame é solicitado, na maioria dos casos, para pacientes com suspeita de doença arterial coronariana.
Os principais alvos do ecocardiograma são os pacientes já diagnosticados com doenças cardíacas, como cardiovasculares crônicas, hipertensão e diabetes, ou que tenham histórico de casos na família. Além disso, o exame é indicado para o acompanhamento do desenvolvimento dos órgãos internos, no caso dos bebês, e como meio preventivo, já que muitas doenças não apresentam sintomas.
A ecocardiografia permite analisar aspectos morfológicos (estrutura) e as funções cardíacas, a estrutura das válvulas do coração (responsáveis pela entrada e saída de sangue) e alterações na membrana que reveste o órgão. Também serve para avaliar a persistência de sintomas corriqueiros, como fadiga intensa, falta de ar, dificuldade para respirar e aceleração excessiva do coração.
Pode detectar diversas doenças, em adultos e crianças, como sopro cardíaco, trombos no coração ou no pulmão (tromboembolismo pulmonar), doenças do esôfago, tumores e aneurisma. Conheça outros tipos de exames que podem detectar doenças cardíacas.
Neste post, vimos que o ecocardiograma é um dos principais exames no cuidado com a saúde do coração. Ele auxilia tanto na detecção de doenças quanto como caráter preventivo. Por ser um método não invasivo, a realização é simples, não exige preparos e nem gera efeitos colaterais no paciente.
Se você precisa realizar a ecocardiografia, solicite aqui o agendamento do seu exame.
Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9