Entenda o que é e como funciona a Cintilografia

A cintilografia é um método de diagnóstico por imagem amplamente utilizado na detecção e acompanhamento de diversas doenças. A Medicina Nuclear – especialidade que realiza os exames de cintilografia – é uma área médica em constante evolução. Muitos pacientes se assustam com o pedido destes exames, grande parte das vezes por puro desconhecimento.

Neste texto, explicaremos como o exame funciona, para que ele serve, bem como outras questões que você precisa saber antes de realizá-lo.

O que é Medicina Nuclear?

A medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza materiais emissores de radiação (radionuclídeos) para a realização de exames por imagem. Os exames são seguros, não invasivos, praticamente indolores e fornecem informações que outros exames diagnósticos não são capazes de detectar.

A cintilografia é uma área da medicina nuclear. Ao contrário das técnicas de imagem convencionais, como radiografia, tomografia computadorizada, ultrassom ou ressonância magnética, a medicina nuclear tem como base a análise da função dos tecidos e de órgãos. Nela, as imagens são obtidas por meio da radiação emitida pelo material administrado ao paciente.

Os radionuclídeos podem ser administrados por via oral, venosa, subcutânea ou inalatória. As fontes são distribuídas para diferentes órgãos dependendo das características de cada radiofármaco e pela composição dos tecidos.

Em outras palavras, cada tecido do nosso corpo é formado por elementos químicos específicos: Os nossos ossos, por exemplo, são compostos principalmente de cálcio, fósforo e minerais. Quando essas substâncias são inseridas no nosso organismo, os ossos imediatamente as “atraem para si”. O que a medicina nuclear faz é tirar proveito desse fenômeno, analisando a concentração de substância gerada por essa “atração”.

Como funciona a Cintilografia?

A cintilografia não avalia as patologias pelo modo como elas alteram a anatomia do corpo ou se desenvolvem estruturalmente. O estudo é feito a partir do modo como a doença altera o corpo do ponto de vista funcional, farmacológico, bioquímico e molecular. Deste modo, estes exames evidenciam problemas em órgãos internos mais precocemente do que os outros métodos de imagem.

órgão é afetado por determinada doença, ele passa a absorver mais (ou menos) de um determinado radiofármaco do que um tecido normal. Nestes exames, um radiofármaco é utilizado para determinar se o grau de absorção está alterado e, consequentemente, se existe doença em atividade.

Após a administração do radiofármaco (este tempo pode variar para cada tipo de estudo), o aparelho faz um rastreamento do corpo, analisando o padrão de radioatividade e criando imagens que mostram o percurso da substância e o local onde ela se acumula.

Como o exame de cintilografia miocárdica é realizado?

O exame conta com duas etapas: Repouso e Estresse. Em cada etapa, será injetado no paciente um radiotraçador que permite verificar se o sangue está circulando adequadamente nas paredes do coração.

No repouso, a essa injeção é feita com a pessoa sentada. Já no estresse, a injeção é realizada enquanto a pessoa está fazendo o teste ergométrico. Em certas situações (como dificuldade de locomoção), o estresse cardíaco também pode ser induzido por uma medicação venosa (estresse farmacológico).

Depois de cada injeção, é necessária a ingestão de alimentos e líquidos, com o objetivo de acelerar a eliminação do radiotraçador e melhorar a qualidade da imagem.

São realizadas imagens do coração cerca de 60 a 90 minutos após esta etapa. O aparelho gira em torno do tórax, coletando imagens durante aproximadamente 10 minutos.

Quando a cintilografia é indicada?

Este exame pode ser solicitado por diversos fatores. A cintilografia do miocárdio, por exemplo, pode ser indicada para diagnosticar a isquemia miocárdica e prevenir a ocorrência do infarto.

A cintilografia óssea pode ser indicada para detectar diversos tipos de câncer, processos inflamatórios e doenças metabólicas. Já a cintilografia renal serve para estudar a função dos rins e a excreção da urina para a bexiga, detectando infecções ou malformações no trato urinário.

A cintilografia cerebral é indicada para diagnosticar doenças neurodegenerativas (Alzheimer, demência frontotemporal, multi-infarto, etc), transtornos depressivos e de ansiedade, dentre outros.

As cintilografias também podem detectar tromboembolismo pulmonar, alterações metabólicas na tireóide, investigar a localização e a progressão de de tumores, dentre diversas outras funções.

Tipos de Cintilografia

A cintilografia é capaz de realizar estudos de diversos órgãos e tecidos, como coração, cérebro, rins, sistema esquelético, pulmões, dentre diversos outros. Você pode ler mais sobre os tipos de cintilografia clicando aqui.

Como é a preparação para o exame?

A preparação é diferente para cada tipo de exame, e pode exigir jejum, uso de medicamentos, entre outras medidas. Tenha atenção em dobro à preparação se você tiver que realizar o exame em outra cidade. Em todo caso, se informe antecipadamente e siga corretamente as orientações médicas.

Posso ter alguma reação alérgica?

É raro, mas existe a possibilidade de alergia. Os sintomas mais comuns são manchas vermelhas na pele, inchaço no rosto e a sensação de fechamento da garganta.  Se qualquer destes sintomas ocorrer após sua ida para casa, retorne ao setor para que possamos diagnosticar e tratar. Informe ao seu médico o conhecimento acerca de qualquer alergia que você possui.

Quais são os riscos do exame?

Apesar da utilização de radiofármacos (o que pode assustar muitas pessoas), a cintilografia é um exame bastante seguro. Mesmo assim, como em todo procedimento médico, existem alguns riscos.

Durante a fase de estresse, o paciente pode sentir dores no peito, falta de ar e palpitações. Isso é mais comum em pessoas sedentárias, porque essa fase simula exercícios físicos intensos. No entanto, o risco de complicações graves é mínimo.

Além disso, os radiofármacos são utilizados em pequenas doses e possuem meia-vida curta, ou seja, são rapidamente eliminados do organismo.

Não há o que temer quanto à cintilografia: é um procedimento mais simples e rotineiro do que se imagina. No entanto, é sempre importante buscar clínicas de confiança para garantir a perfeita execução do exame, reduzindo seus riscos e aumentando a qualidade dos resultados e do diagnóstico.

Você pode tirar outras dúvidas ou solicitar o agendamento do exame com a Clínica CEU através do telefone (31) 3289-0500 ou preenchendo esse formulário.

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Equipe da Clínica CEU

Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9

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