A descoberta do sexo do bebê é um momento marcante para quem tanto desejou a gestação. No entanto, o tema é cercado de mitos que podem deixar mães e pais de primeira viagem confusos.
A ansiedade parece ser uma regra geral aqui, certo? E ela é perfeitamente normal. Com essa descoberta os pais podem começar a fazer os devidos preparativos para receber o filho ou a filha e, as vezes, até ambos quando se tratam de gêmeos.
E é exatamente por isso que o ultrassom morfológico na gravidez é tão aguardado. Por meio deste exame, é possível identificar o sexo do bebê, além de estado de saúde do feto.
Ondas de som em alta frequência são emitidas para dentro do útero. Por meio delas, é feita uma leitura do feto, que é consequência dos sons, revelando os batimentos cardíacos, forma, posição e movimentos do bebê.
Além disso, o exame de ultrassom pode:
Por outro lado, na ansiedade do momento, muitas mães e pais acabam se apegando a informações errôneas sobre a descoberta do sexo do bebê. Foi pensando nisso que separamos alguns mitos e verdades sobre este assunto. Confira:
Mito. Nos 35 anos em que se tem feito o exame em gestantes não há um registro que comprove esta informação.
A forma como o exame é feita não envolve riscos para o bebê ou para a mãe. Vale lembrar que a ultrassonografia é diferente do raio-x, feito por meio de radiação e que realmente pode causar algum malefício ao bebê.
Verdade. O resultado pode ser obtido por meio do ultrassom morfológico ou de um exame chamado sexagem fetal. Mas é preciso ter cuidado: há 20% de chances de erro do resultado na 13ª semana. Os motivos são:
Por isso, o recomendado é aguardar até a 16ª semana para realizar o ultrassom. Nesta fase é possível ver com clareza o sexo do bebê se ele estiver em uma boa posição.
Mito. As pessoas mais antigas acreditavam que o formato da barriga – pontuda para meninos e redonda para meninas – indicava o sexo do bebê. Porém, não há provas científicas consistentes que endossem esta teoria.
De acordo com a ginecologista e obstetra Karina Zulli, do Hospital e Maternidade São Luiz, “apesar de popularmente esta questão ganhar valor, estudos não comprovam esta teoria”.
Ainda segundo Zulli, o que determina o formato da barriga é a genética da gestante. De acordo com a médica, a barriga tem boa capacidade de distensão e é a pelve de cada mulher que permite ajuste do crescimento do útero dentro da cavidade abdominal.
Mito. O motivo para este mal estar pode se dar devido a diversos fatores, afetando grávidas tanto de meninas quanto de meninos.
Por outro lado, a mulher que está grávida de um bebê do sexo feminino produz maior quantidade do hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG), que pode causar náuseas. Ou seja, apesar de não ser uma regra, há mais chances do bebê ser uma menina.
Mito. Os testes da agulha, da aliança, do talher, da palma da mão, tabela chinesa e da idade dos pais são alguns dos métodos caseiros utilizados por para se descobrir o sexo da criança.
É preciso lembrar que, estatisticamente esses testes podem até acertar algumas vezes, porém nenhum deles tem comprovação científica.
Mito. A amniocentese é um exame invasivo que tem por objetivo coletar uma pequena quantidade do líquido amniótico e investigar se o feto carrega alguma doença genética.
Por meio do resultado, é possível também, detectar o sexo do bebê, mas esta não é a finalidade da amniocentese, que não é indicada para este fim. Por trazer riscos para a grávida e feto, o exame só deve ser feito quando existir suspeita de algum problema que não pode ser identificado através de outro método menos invasivo.
Como vimos nesse artigo, o exame indicado para se descobrir o sexo do bebê é a ultrassonografia morfológica, de preferência a partir da 16ª semana de gestação. Mesmo assim, isso depende da posição do feto e lembre-se de que não existe exame 100% confiável.
Por outro lado, não se deixe levar por mitos que podem mais atrapalhar do que ajudar nesse momento tão significativo da gestação. Seu médico poderá orientar sobre o momento adequado em relação à descoberta do sexo do bebê, esclarecendo também outras dúvidas sobre a gravidez e ultrassons obstétricos.
E se você tem curiosidade de ver como seu filho vai ser, com movimentos em tempo real, pode ler mais sobre como funciona o ultrassom 4D.
Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9