Com a aprovação para uso emergencial das vacinas CoronaVac (Instituto Butantan/Sinovac) e Sinovac (FioCruz/AstraZeneca) pela Anvisa, em 17 de janeiro de 2021, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) emitiu uma recente recomendação relacionada à vacinação na gravidez.
De fato, muito conhecimento já foi adquirido em relação à infecção causada pelo novo coronavírus. No entanto, ainda há muito a saber. Desenvolvidas em menos de um ano, as vacinas se tornaram grandes feitos da ciência e medicina moderna. Além disso, ainda que os grupos prioritários iniciais ainda não tenham recebido a dose no país, a gestante deve entender como será a vacinação na gravidez.
Por esse motivo, desenvolvemos o conteúdo de hoje. Nele, você encontrará orientações para gestantes e lactantes em relação à vacina contra a covid-19. Acompanhe!
Algumas pesquisas sugerem que as gestantes que contraem Covid-19 e são sintomáticas. Ou seja, têm o risco aumentado para a doença de forma mais grave quando comparadas a mulheres não grávidas.
Desse modo, ainda que o risco para o desenvolvimento da forma grave da doença seja baixo, dados indicam que, uma vez com a doença, a gestante pode apresentar maior risco para complicações. Isto é, correm um risco maior de serem submetidas a:
Da mesma forma que a população, em geral, gestantes e lactantes com comorbidades, como obesidade e diabetes, apresentam risco aumentado para complicações na Covid-19. Além disso, de acordo com pesquisas recentes, grávidas de raça negra e latinas apresentaram maiores taxas de infecções e morte pela doença.
Contudo, essa diferença reflete nos fatores socioeconômicos que incluem acesso aos cuidados à saúde e manobras para contenção da propagação do vírus em países subdesenvolvidos.
Neste momento, o objetivo da vacinação é reduzir a morbimortalidade causada pela Covid-19. Ou seja, assim como realizar a manutenção do funcionamento das forças de trabalho de serviços de saúde e essenciais.
A vacinação na gravidez, da mesma maneira que para lactantes, são pertencentes aos grupos de risco, poderá ser realizada.
Contudo, uma avaliação sobre os riscos e benefícios da decisão deve ser feita com o acompanhamento do médico.
Como grupo de risco, foram listadas, segundo a Febrasgo:
Até o momento, a recomendação da Febrasgo, com revisão de literatura e autorização da Anvisa em relação à vacinação na gravidez, podemos afirmar sobre a imunização contra a Covid-19 em gestantes e lactantes:
A vacina contra a Covid-19 do Instituto Butantan utiliza tecnologia já conhecida e utilizada em outras vacinas que fazem parte do calendário das gestantes, como as vacinas de tétano, coqueluche e influenza, com o vírus inativado.
No entanto, a vacina da AstraZeneca recomenda em sua própria bula que a vacinação não seja realizada em gestantes, sendo seu uso baseado em uma avaliação de benefícios junto a um especialista.
Caso a mulher seja vacinada inadvertidamente e descubra posteriormente a gravidez, não existe preocupação, visto que o risco é baixo e não existem comprovações de malformações devido à vacina.
No entanto, essa vacinação na gravidez deve ser notificada no sistema de notificação do e-SUS (Sistema Único de Saúde) para fins de controle, e a mulher deve seguir realizando o pré-natal como de costume.
Após conhecer melhor as orientações sobre a vacinação na gravidez sobre a vacina contra a Covid-19, você pôde entender que para grávidas e lactantes o ato da vacinação deve ser discutido com o profissional responsável pelo acompanhamento da mulher.
Por isso, entre em contato com seu médico para orientar o que é melhor para sua saúde e de seu bebê!
Quer saber mais sobre informações como esta? Então, veja 5 orientações para fazer um bom pré-natal!