Segundo estudos, cerca de 15% da população feminina em idade fértil desenvolve a endometriose no Brasil. A doença também é a principal causadora de infertilidade entre as mulheres e tem um principal agravante: pode-se levar até sete anos para se detectar endometriose.
A mulher com a doença apresenta fragmentos do endométrio fora do útero. Isso se dá devido a menstruação desregulada, problemas imunológicos ou, ainda, deformações no endométrio.
No entanto, o que muitas vezes agrava o quadro é a dificuldade em se encontrar um profissional adequado que diagnostique a doença a tempo, de acordo com o Gapendi – Grupo de Apoio às Portadoras de Endometriose e Infertilidade. Porém, a partir do diagnóstico certeiro, o tratamento pode ser feito de maneira rápida e segura.
O primeiro passo para se detectar endometriose parte da própria mulher. Confira os sintomas da doença, os exames mais indicados para identificar o problema e os nossas observações pertinentes ao acompanhamento pós diagnóstico.
Um dos principais problemas em se detectar endometriose reside na observação dos sintomas. Confira alguns deles:
Fique atenta: sentir cólicas fortes todo mês pode ser um sintoma da endometriose que deve ser investigado a fundo. Infecções urinárias e dores durante o ato sexual frequentes, somados à infertilidade e problemas para dormir também indicam a presença da doença ou outras possíveis alterações.
Se você possui algum desses sintomas está na hora de procurar um médico e realizar alguns exames para detectar endometriose.
A partir do momento em que a mulher observa os sintomas relacionados à doença, fica mais fácil detectar a endometriose. Assim, o primeiro passo do ginecologista é analisar o histórico de saúde da paciente.
Por meio da anamnese, o especialista poderá analisar os sintomas que a mulher apresenta ou já apresentou em algum momento de sua vida. Além disso, é essencial que a paciente informe quais remédios e tratamentos foram utilizados se ela já possui o diagnóstico.
Feita a anamnese, o especialista poderá indicar os seguintes exames:
Mais conhecido como exame de toque, é por meio dele que se investiga se há sobressalencias ou massas que podem indicar cistos de endometriose.
O exame vaginal e retal costuma ser a primeira avaliação para detectar endometriose e, caso o médico identifique anormalidades, ele encaminhará a paciente para realizar outros exames.
O ultrassom transvaginal e endovaginal são nomes para o mesmo exame. O desse ultrassom é analisar órgãos e estruturas pélvicas, como: trompas uterinas, endométrio, ovários e o próprio útero.
O benefício do exame é que ele garante mais precisão no diagnóstico do que a ultrassonografia abdominal. O resultado do exame é obtido no momento da avaliação pelo especialista, uma vez que ele tem as imagens em tempo real.
Normalmente o endovaginal é recomendado para se avaliar alterações no útero e indícios de massa pélvica.
A ressonância magnética é comumente indicada para casos em que a mulher já tenha um diagnóstico positivo da doença e esteja em fase de tratamento. O procedimento é mais refinado do que as ultrassonografias e tem por objetivo acompanhar o desenvolvimento da endometriose e possível evolução da doença. Contudo, a ressonância magnética também pode ser feita para diagnóstico inicial da doença.
A videolaparoscopia é um procedimento para detecção definitiva da endometriose e seu tratamento. São feitos pequenos cortes para que se analise o interior do organismo da mulher com uma pequena câmera de vídeo. O exame nem sempre é necessário, e, para realizá-lo, é preciso indicação específica do especialista responsável.
Também é possível identificar e controlar a evolução doença por meio da avaliação do aumento do fator CA125 no sangue. Mas esse exame não é específico apenas para identificar endometriose. Portanto, ele deve ser complementado com outros já citados.
Tão importante quanto identificar a doença é tratá-la de forma correta. E, quando falamos de endometriose, o tratamento depende do grau de evolução da doença.
Em casos mais severos, em que é recomendando o de procedimento cirúrgico, pode ser feita a cauterização dos focos. Algumas mulheres podem se questionar sobre a possibilidade da doença virar câncer. Com o tratamento correto a probabilidade é de, no máximo, 1%.
Por outro lado, o tratamento menos invasivo, feito por meio de medicação, consiste em terapia de uso oral composta pelo hormônio progesterona. O objetivo do tratamento é reduzir os níveis de estrógeno, hormônio que estimula a endometriose.
Além disso, tão importante quanto o tratamento físico é o cuidado emocional, pois a doença interfere na fertilidade feminina. Por isso, se sentir necessidade, procure um psicólogo e garanta sua saúde em todos os aspectos.
Caso você apresente os sintomas da endometriose, procure agora um especialista e converse sobre o assunto. E, na hora de realizar seu exame, faça a sua solicitação online na Clínica CEU, referência no diagnóstico de endometriose.
Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9