Reposição hormonal: qual a relação com o câncer de mama?

A terapia com hormônios é um tratamento que visa o alívio dos sintomas do climatério e menopausa por meio da reposição hormonal do estrogênio e da progesterona. Com o avanço da idade, os níveis hormonais reduzem progressivamente. Essa queda é mais intensa durante esse período. No entanto, ainda que a reposição hormonal seja ideal para tratar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mulher, pode trazer algumas preocupações.

Pesquisas apontam maior risco para câncer de mama em mulheres que fizeram a terapia hormonal. Contudo, alguns periódicos indicam que o risco é reduzido quando o tratamento é acompanhado corretamente e dura menos de 5 anos. A seguir, entenda melhor a relação entre a reposição hormonal e o risco para o câncer de mama.

O que é a reposição hormonal?

O climatério é a transição do período reprodutivo para o não reprodutivo na vida da mulher. Esse acontecimento é marcado pela última menstruação espontânea da mulher. Normalmente, o climatério costuma ocorrer entre os 45 e 55 anos.

Durante esse período de transição, a mulher apresenta sinais e sintomas característicos da mudança hormonal no organismo. Entre eles estão ondas de calor, rubor, excesso de transpiração, palpitações, irritação, dificuldades sexuais, problemas para concentração, entre outros.

As manifestações são significativas em alguns casos, e podem prejudicar a qualidade de vida e bem-estar da mulher. Por isso, a busca por tratamento é frequente. A terapia de reposição hormonal foi iniciada como tratamento na década de 60 e popularizou-se nos anos 90.

Desse modo, iniciaram-se pesquisas sobre a forma correta para aplicação da terapia no organismo humano. Baseada na administração dos hormônios estrogênio e progesterona, combinados ou separados, a terapia visa controlar os sintomas do climatério.

Quando a reposição hormonal deve ser feita?

A reposição hormonal é uma opção de tratamento quando as alterações causadas pela menopausa e climatério afetam a vida da mulher. Além dos sintomas, o período de transição pode afetar o processo de envelhecimento. 

Assim, a perda de substâncias como colágeno e elastina pode acelerar, causando diminuição da elasticidade e ressecamento na pele. Do mesmo modo, a perda óssea ocorre com maior velocidade na menopausa, levando à osteoporose. Para diminuir os riscos de fratura em situações como essa, a reposição hormonal contribui protegendo a massa óssea.

O ganho de peso e gordura abdominal é outro fator presente na menopausa, assim como perda de cabelo, diminuição da libido, dores de cabeça e outros sintomas. Para eles, a aplicação de hormônios auxilia melhorando a qualidade de vida da mulher durante essa fase da vida.

Qual a relação da reposição hormonal com o câncer de mama?

O envelhecimento natural do organismo é um dos fatores de risco para o surgimento do câncer. Isso porque, à medida que as células também envelhecem, os dados ao DNA celular se elevam, aumentando o risco para que se multipliquem de forma incorreta.

Durante a menopausa os níveis hormonais diminuem, provocando sintomas desagradáveis. A terapia de reposição hormonal é uma forma de tratá-los. No entanto, estudos indicam que o aumento artificial dos níveis desses hormônios no organismo por tempo maior que 5 anos eleva o risco para o desenvolvimento do câncer de mama.

Devo ou não fazer reposição hormonal?

Conforme o Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa, o risco de câncer de mama associado ao uso de terapia hormonal é pequeno, representando menos de 1 caso por 1.000 mulheres, ao ano.

Ainda que exista a possibilidade da influência dos hormônios presentes nos diferentes esquemas de reposição no risco para o câncer de mama, não se pode afirmar quais são essas diferenças conforme tipo, dose ou aplicação.

Por esse motivo, é importante entender que a reposição hormonal pode ocorrer, desde que por menos de 5 anos e sempre acompanhada por um médico. Além disso, o câncer de mama pode ser causado por decorrência de outros fatores, como sedentarismo, hereditariedade, tabagismo, obesidade, entre outros.

Quer saber mais sobre esta doença? Então, confira os fatores de risco para o câncer de mama!

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