Como é realizado o diagnóstico da hérnia de disco?

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a hérnia de disco afeta 8 em cada 10 pessoas no mundo. Além de causar fortes dores, essa condição impede que o indivíduo realize suas atividades cotidianas e prejudica até mesmo as atividades laborais.

Contudo, quando realizado de forma precoce, o diagnóstico da hérnia de disco permite que essa condição seja tratada, melhorando a qualidade de vida e evitando que a doença se agrave. Quer saber mais sobre a hérnia de disco? Então, confira este post!

O que é a hérnia de disco?

O termo hérnia é usado na medicina para descrever um tecido ou órgão que se desloca de seu local de origem para outro, por meio de uma abertura anormal. Os discos intervertebrais são estruturas constituídas por tecido cartilaginoso e elástico em formato de anéis. A função desses discos é evitar que ocorra atrito entre as vértebras, amortecendo o impacto.

Com o passar do tempo e o uso repetitivo, os discos intervertebrais se desgastam. Isso facilita a formação de hérnias de disco. Ou seja, parte dos discos acaba saindo de sua posição normal formando uma hérnia e comprimindo as raízes nervosas da coluna.

A hérnia de disco é um problema muito frequente na região lombar (abaixo das costelas e acima do glúteo) e cervical (região de pescoço), por serem áreas com maior movimentação e suporte de carga. Como consequência, a hérnia de disco causa fortes dores que podem impedir o indivíduo de realizar atividades simples, que exigem o mínimo de esforço.

Quais os sintomas da hérnia de disco?

O sintoma mais frequente da hérnia de disco é a dor intensa na coluna, especificamente na região acometida. Além disso, a dor pode irradiar para outras regiões do corpo. Quando localizada na coluna cervical, o indivíduo pode desenvolver alterações na sensibilidade e dores que irradiam para ombros, braços, mãos e dedos. 

No entanto, quando a hérnia de disco ocorre na região lombar, as dores podem irradiar para pernas e pés. Algumas pessoas também relatam a presença de ardência, dormência, formigamento e dores na região interna de coxas, podendo se intensificar ao se deitar. Isso ocorre, pois, nessa posição, os discos se reidratam, aumentando o volume e pressionando as raízes nervosas.

Quando a hérnia de disco está em estágio avançado, as dores nessa região podem ser acompanhadas da perda da sensibilidade na área do períneo (entre ânus e região genital), alterando os esfíncteres pela diminuição da força e, consequentemente, diminuindo o controle da bexiga e intestino.

Como é o diagnóstico da hérnia de disco?

O diagnóstico da hérnia de disco é realizado a partir de exame físico em que o médico realiza testes de função neurológica, avalia sensibilidade, reflexos e força motora. Além disso, a investigação conta com exames de imagem como a ressonância magnética, indicada quando há suspeita clínica da hérnia de disco.

Outros exames que também são utilizados para o diagnóstico são a tomografia computadorizada e radiografia simples. Em situações específicas, a eletroneuromiografia também pode ser realizada, avaliando a condução nervosa de braços e pernas.

É possível prevenir a hérnia de disco?

A hérnia de disco nem sempre pode ser evitada. Contudo, algumas estratégias contribuem para reduzir o risco de desenvolvimento dessa condição, como exercícios físicos, fortalecimento muscular, alongamentos, controle de peso, boa postura e técnicas adequadas para levantar pesos.

A prática de exercícios aeróbicos e exercícios específicos de fortalecimento e alongamento, como natação e caminhada, ajudam também a manter o peso ideal. As atividades específicas para fortalecimento e alongamento de músculos do abdome, costas e nádegas também são importantes para estabilizar a coluna vertebral, diminuindo a tensão sobre os discos.

Como qualquer outro exercício, é importante buscar orientação médica para a realização, evitando sobrecarga nas áreas que podem apresentar risco para o desenvolvimento da hérnia de disco e prejuízos no lugar da prevenção.

O diagnóstico da hérnia de disco é realizado por meio de exame clínico, associado a exames de imagem que contribuem para a avaliação adequada das alterações presentes na coluna. Desse modo, o tratamento correto pode ser iniciado, evitando maiores complicações e oferecendo melhor qualidade de vida. 

Gostou destas informações? Então, veja também o que é a ultrassonografia das articulações!

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Equipe da Clínica CEU

Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9

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