A tireoide é uma glândula endócrina que exerce papel fundamental no metabolismo. Ela é responsável por regular o crescimento do corpo, gerando impactos sobre funções vitais do coração, cérebro, rins e fígado. Do mesmo modo, tem tarefa importante na fertilidade, ciclo menstrual, equilíbrio emocional, concentração, memória e controle de peso.
Por isso, quando a tireoide apresenta alguma alteração, ocorre a desregulação do metabolismo, prejudicando diversas funções no organismo humano. A seguir, você vai entender um pouco mais sobre esses distúrbios e conhecer os principais exames para tireoide.
Localizada na região do pescoço, a tireoide é uma das maiores glândulas endócrinas do corpo. Por sua produção de hormônios, é muito importante em todas as fases da vida, ao regular funções essenciais. Essa função ocorre para que os hormônios sejam secretados no sangue, onde acontece o transporte para os tecidos do corpo.
Dessa forma, os hormônios da tireoide auxiliam no controle do metabolismo, interferem no crescimento e desenvolvimento durante a infância e adolescência, na fertilidade, controle emocional e de humor, memória, respiração, controle de peso, força muscular, temperatura corporal, entre outros.
As alterações na glândula podem aparecer em qualquer fase da vida. Segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) 60% da população brasileira deve desenvolver algum nódulo na tireoide. Mais comuns em mulheres, os distúrbios da tireoide afetam o funcionamento da glândula e podem causar desequilíbrio em todo o metabolismo. Conheça os mais comuns.
O hipertireoidismo ocorre devido às alterações que provocam a produção excessiva dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Dessa forma, a sobrecarga hormonal pode causar quadros de emagrecimento, agitação, ansiedade, nervosismo, taquicardia, insônia e intolerância ao calor.
Esse distúrbio tem como causa a queda na produção dos hormônios T3 e T4. Ainda na infância, pode ser detectado nos primeiros dias de vida, por meio do teste do pezinho. Entre os sintomas dessa condição, estão cansaço excessivo, dores musculares, problemas de memória e constipação, alterações menstruais, e mudanças de humor.
Nessa doença autoimune, os anticorpos produzidos pelo organismo atacam as células da tireoide, destruindo-as. Atualmente, a Tireoidite de Hashimoto é a causa mais frequente da diminuição dos hormônios da tireoide. Dessa forma, o indivíduo apresenta sintomas do hipotireoidismo.
A Doença de Graves é uma condição em que ocorre o aumento da produção dos hormônios tireoidianos devido às doenças autoimunes. Seus sintomas incluem perda de peso, tremores, fadiga, ansiedade, intolerância ao calor, aumento da frequência cardíaca, entre outros.
O nódulo na tireoide consiste em uma massa de tecido ou cisto com líquido que se forma na glândula. Essa é uma alteração comum, mais frequente devido ao processo natural de envelhecimento. É importante entender que o nódulo na glândula não necessariamente pode ser maligno.
O bócio tem como característica o aumento visível do tamanho da glândula. Suas causas podem ser variadas, desde inflamações a formação de nódulos nas glândulas. Entre os sintomas mais comuns apresentados, estão dificuldades para engolir, problemas para respirar, e sensação de aperto na garganta.
Atualmente, os exames para tireoide permitem identificar alterações e distúrbios, avaliar a função da glândula, e acompanhar a evolução de tratamentos. Assim, a escolha dos exames fica a cargo do endocrinologista. Além dos laboratoriais, que avaliam a dosagem dos hormônios TSH (tireoestimulante), T4, T3 e anticorpos, exames de imagem tornam possível a visualização da tireoide.
O ultrassom da tireoide é um exame que ajuda a detectar e diagnosticar alterações e distúrbios da glândula. Este procedimento permite o diagnóstico de nódulos, sejam eles benignos ou malignos. Além disso, o ultrassom de glândula ajuda na avaliação de linfonodos (gânglios) e glândulas salivares.
A biópsia é um exame em que retira-se um pequeno nódulo suspeito, para realizar uma análise laboratorial. Esse procedimento possibilita identificar a presença de câncer ou outras doenças no local. Desse modo, na biópsia da tireoide o médico retira pequenos fragmentos de tecido da glândula e envia-os para análise. Para isso, a forma mais simples e menos invasiva é por meio da PAAF (punção aspirativa por agulha fina). Esse exame ocorre com auxílio de anestésico local, visando diminuir o desconforto do paciente.
Os impactos da tireoide no organismo podem levar a distúrbios com sérias complicações. Por esse motivo, é fundamental que a glândula funcione sempre de forma harmoniosa. Assim, os exames para tireoide são essenciais para o diagnóstico, avaliação e acompanhamento da saúde do organismo.
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