De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 70% (23.070) dos óbitos por hepatites virais em nosso país são decorrentes da Hepatite C, seguido da Hepatite B (21,8%) e, por fim, o tipo A (1,7%). A doença que acomete o fígado, um dos órgãos mais resistentes do organismo, é apenas um dos tipos de hepatite que conhecemos.
São diversos os tipos de sintomas, que variam de acordo com o grau de intensidade e doença. Isso porque, o fígado pode apresentar uma grande variedade de sintomas, tendo em vista que ele desempenha inúmeras funções.
De acordo com o especialista Luís Caetano da Silva, o fígado “é constituído por milhões de células, como se fossem milhões de tijolinhos agrupados. Cada célula representa uma micro-indústria e desempenha uma função específica, essencial para o equilíbrio do organismo”.
A hepatite, por sua vez, é uma inflamação do fígado. Ela se dá pela forma viral, como resposta do organismo por uso excessivo de determinados medicamentos, álcool e drogas e, também, na forma autoimune. Uma vez instalada, a doença degenera o fígado.
Há tipos de hepatite e vamos apresentar cada uma delas. Mas, antes, entenda as diferenças entre a hepatite aguda e a crônica.
Há duas variedades de hepatite que conhecemos: a aguda – que dura menos de 6 meses e a crônica – que dura mais de 6 meses.
O tipo agudo da doença é o mais comum e tem como causas as hepatites A, B, C, D e E, além de outras doenças virais, infecções por ameba ou bacteriana, medicamentos e drogas. Seus sintomas são variáveis.
Por outro lado, a hepatite crônica tem como causa as hepatites B, C e D, a hepatite auto-imune, além de distúrbios congênitos do metabolismo e excesso do uso de drogas.
Por outro lado, o mais preocupante neste caso é a ausência de sintomas aparentes. Somente na fase grave, apresenta-se a icterícia.
A hepatite se manifesta de diversas formas, assim como seus sintomas. Entenda.
Geralmente se manifesta ao final dá infância e início da vida adultas. A doença não é fatal e não há manifestação dos sintomas no estágio inicial da doença. Existe vacina para a hepatite A que é administrada em duas doses.
Quando se apresentam, os sintomas são gripe com febre, mal-estar, mialgias, icterícia e, por fim, falta de apetite e os vômitos.
Com relação ao tratamento, recomenda-se o repouso moderado, alimentação pobre em gorduras e rica em proteínas.
A hepatite B é o tipo mais perigoso dá doença em todo o mundo e pode ser fatal. Portanto, existe sua vacina, que é administrada em três doses e pode ser tomada por todos, desde que não-infectados.
Ela se manifesta, sobretudo em crianças e em jovens adultos, seja por vias sexuais ou compartilhamento de seringas e instrumentos de drogas injetáveis.
A doença logo apresenta sintomas, que são o mal-estar, febre, dores abdominais, fezes e urinas claras e icterícia. Para o tratamento é recomendado repouso, interferão ou o peginterferão na etapa crônica, ou, ainda análogos dos nucleósidos.
Os principais acometidos são pessoas que passaram por transfusão de sangue até 1992 e consumidores de drogas injetáveis. A doença evolui para crônica em 80% dos casos, pode ser fatal e não conta com vacina.
Na maioria dos casos não há manifestação de sintomas, como: perda de apetite, mal-estar geral e intestinal, febre, letargia, dores na zona do fígado, dentre outros.
Com relação ao tratamento, geralmente utiliza-se o peginterferão, a ribavirina e, em casos mais graves, é necessário fazer um transplante de fígado.
A hepatite D pode se manifestar simultaneamente (tipo grave ou co-infecção) ou após o contato com o tipo B (superinfecção). No último caso, a hepatite aguda grave evolui para a crônica em 80% dos casos e pode até mesmo resultar em cirrose.
Não há uma vacina específica para a hepatite D. No entanto, a vacina contra a hepatite B consegue prevenir em até 95% esses casos.
Os sintomas na co-infecção são a fadiga, anorexia, letargia, náuseas, fezes e urina claras e icterícia. Na superinfecção os sintomas são semelhantes, mas menos intensos.
Infelizmente não há tratamento cem por cento eficaz. De toda forma, faz-se o uso do interferão, que apresenta resultados positivos em alguns casos.
A hepatite E não é uma doença grave, exceto em casos fulminantes, frequente nas mulheres grávidas. Não há vacina para esta doença.
Ela acomete pessoas de todas as idades, que podem apresentar sintomas como a falta de apetite, vômitos, náuseas, dores abdominais, febre, icterícia, mal-estar e aumento no volume do fígado.
A hepatite alcoólica se manifesta em pessoas que fazem abuso do álcool. A doença pode levar a um processo crônico, desencadeando em insuficiências hepáticas e cirrose.
A hepatite autoimune se dá devido a uma desregulação do sistema imunológico, evento genético que faz com que o corpo produza anticorpos contra as células do próprio fígado.
A expectativa de vida para pacientes diagnosticados com a hepatite autoimune é de 10 anos de vida. O tratamento é feito com um hepatologista ou gastroenterologista, que podem medicar corticoesteroides.
Como em qualquer doença, quanto mais cedo se faça o diagnóstico, melhor. Há dois exames: os rápidos e os laboratoriais.
Para se detectar os tipos de hepatite B e C, o sistema público de saúde disponibiliza testes gratuitos. É importante que as gestantes também façam o exame de hepatite B no pré-natal.
Quando se fala de hepatite prevenção é tudo. Veja como você pode se proteger da doença (tendo uma pessoa infectada em casa ou não):
Pode-se evitar muitas doenças, inclusive a maioria dos tipos de hepatite e o primeiro passo para isso é manter uma vida saudável. Pensando nisso, separamos 6 dicas que farão toda a diferença para você e sua família se prevenirem. Confira!
Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9