O adenoma de hipófise não apresenta relação com fatores ambientais, radiação, estilo de vida, diferente de outros tipos de tumores. As causas específicas desse grupo de tumores neuroendócrinos benignos ainda não são conhecidas. Por isso, muitas vezes o diagnóstico pode ser mais difícil, e a doença confundida com outros males.

Desenvolvido na glândula pituitária, na base do cérebro, o adenoma de hipófise pode causar sintomas que comprometem o bem-estar e qualidade de vida do indivíduo. Dessa forma, seu diagnóstico e tratamento é fundamental. A seguir, saiba mais sobre este assunto.

O que é adenoma hipofisário e como ocorre?

O adenoma de hipófise é um tumor benigno que pode se caracterizar maligno em 0,1% dos casos. Essa condição resulta do crescimento anormal de uma massa na hipófise, glândula com importante função no organismo. É a hipófise a responsável por regular o trabalho de outras glândulas, como a tireoide e ovários, além da produção de hormônios.

De modo geral, os adenomas não apresentam causa definida. Contudo, até 10% podem estar associados a síndromes genéticas. O adenoma hipofisário é caracterizado como tumor intracraniano. Desse modo, depende do tipo de célula do qual se deriva.

Tipos de adenoma de hipófise

A hipófise é composta por duas regiões. Assim, cada uma delas apresenta sintomas diferentes, devido a variação do local. Por isso, classifica-se o adenoma de hipófise como anterior e posterior.

Adenoma de hipófise anterior

O adenoma de hipófise anterior ocorre com maior frequência. Seu nome está relacionado a região afetada, em que são produzidos hormônios hipofisários que auxiliam na função de hidratação do corpo.

Adenoma de hipófise posterior

Por sua vez, o adenoma posterior é um quadro mais raro e ocorre na região posterior. Nesse local, armazenam-se hormônios do hipotálamo, responsáveis por coordenar boa parte das funções endócrinas. Dessa forma, está ligado a ação direta e indireta sobre glândulas adrenais, tireoide, gônadas, e mamárias. Além disso, é responsável pela regulação da temperatura do corpo, sede, ciclos de sono, apetite e sistema nervoso autônomo.

Quais os sintomas do adenoma de hipófise?

Os sintomas do adenoma hipofisário variam de acordo com seu tipo. Assim, entre os principais sintomas do adenoma de hipófise anterior estão ganho de peso, infertilidade, hipertireoidismo e galactorreia (produção de leite fora do período de amamentação). Já o adenoma de hipófise posterior apresenta sintomas como cólicas uterinas, hipertensão arterial e incontinência urinária.  Além disso, em ambos os casos o paciente pode apresentar:

• perda de visão (periférica ou total);
• alteração menstrual;
• diminuição da libido;
• disfunção erétil;
• hipoglicemia;
• diabetes;
• acromegalia (crescimento de mãos, pés e mandíbula);
• cefaleia;
• ansiedade;
• anemia;
• insônia;
• síndrome de Cushing.

Qual exame detecta tumor na hipófise?

O diagnóstico dos adenomas não é fácil. Portanto, o médico avalia o quadro clínico para descartar outras hipóteses diagnósticas. Diferente de outras doenças, o adenoma não apresenta marcadores comuns. Os exames de imagem são de grande importância, pois permitem visualizar o tamanho e localização do tumor.

Dessa forma, devem ser feitos exames como ressonância magnética e tomografia computadorizada. Além disso, o médico pode solicitar exames de sangue para avaliar os níveis hormonais produzidos pela hipófise. Para o tratamento, novos medicamentos de ação têm sido pesquisados. Em especial, terapias que contribuam para o tratamento da acromegalia e da Síndrome de Cushing.

O adenoma de hipófise é uma doença que não apresenta causas concretas. Apesar de ser benigna na maioria dos casos, deve ser diagnosticada e tratada para controlar os sintomas e prejuízos que a alteração nessa glândula pode causar no organismo do indivíduo. Por isso, o acompanhamento médico e realização de exames de rotina é indispensável.

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