A pele é o maior órgão do corpo humano e desempenha importantes funções. Possuímos uma proteção natural contra o sol – que inclui a melanina, os pelos e as células de defesa. Entretanto, esta proteção não é suficiente, uma vez que a exposição solar prolongada é uma das principais causas do envelhecimento e o principal fator de risco do câncer de pele.
A luz do sol, que atinge a superfície da terra, é composta principalmente por dois tipos de radiação: a UVA e a UVB. A UVA é praticamente constante durante todo o dia e a principal responsável pelo envelhecimento precoce da pele e reações alérgicas. Já a UVB contribui para o surgimento de queimaduras e doenças de pele.
O câncer de pele, na prática, é o crescimento exagerado das células da pele e se desenvolve de duas formas: o melanoma e o não melanoma. O tema é de grande pertinência, afinal, este é o câncer mais prevalente no Brasil.
Neste artigo, vamos apresentar tudo o que você precisa saber sobre a doença, sobretudo como preveni-la. Confira:
A exposição prolongada ao sol é o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pele e o perigo é ainda maior para pessoas de pele e olhos claros, ruivos ou com sardas, pois possuem maior sensibilidade.
Na maior parte das vezes, o tempo de exposição está associado ao maior risco. Porém, em alguns casos como o câncer de pele melanoma (o mais agressivo dentre eles), a exposição intermitente levando a queimaduras é mais relevante.
Outro fator de risco que merece atenção é a exposição solar na infância, que também se relaciona mais com o câncer de pele do tipo melanoma.
Os sintomas do câncer de pele podem variar de acordo com o tipo. Geralmente acometem as regiões com maior exposição ao sol, como face, braço, antebraço, pescoço e mãos.
Esses sintomas podem se manifestar como nódulos, placas eritematosas ceratósica (que são regiões mais endurecidas), úlceras e verrugas. É essencial procurar um especialista assim que notar qualquer um deles.
O diagnóstico definitivo do câncer de pele é por meio da biópsia. Por outro lado, ficar atento as alterações na pele é imperativo para um diagnóstico precoce da doença.
Em seus cuidados pessoais, observe o surgimento de novas manchas ou lesões e ainda mudanças em manchas já existentes. Na dermatologia, utiliza-se o mnemônico ABCDE para lesões de pele.
Ao perceber qualquer uma destas alterações, consulte um médico para se informar melhor e iniciar uma investigação. Aliás, se você tiver alguém na família que já tenha desenvolvido câncer de pele, a atenção merece ser redobrada.
O câncer de pele mais comum é o não melanoma, sendo também o que possui melhor prognóstico, principalmente quando diagnosticado precocemente. Os dois tipos mais prevalentes do câncer de pele não melanoma são o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular.
O tratamento, na maioria das vezes, é resolutivo e com excelente prognóstico. As lesões destes dois tipos são benignas e com crescimento lento, acometem principalmente as áreas expostas pelo sol por maiores períodos e tem efeito cumulativo – isto é: quanto maior o tempo de exposição ao sol, maior o risco.
As lesões do câncer de pele não melanoma, apesar de serem benignas, se não tratadas podem crescer e provocar metástases por outras partes do corpo. Por isso a importância do diagnóstico precoce.
O segundo tipo é o câncer de pele melanoma. Ele tem origem nos melancólicos, células que produzem um pigmento chamado melanina, responsável pela cor da pele e cabelos. O melanoma, em geral, pode ser diferenciado das manchas de nascença, apresentam coloração castanha ou preta e ainda podem causar coceira e sangramento, ficar inchada, avermelhada ou criar crostas.
Este tipo é mais frequente em adultos com pele branca e pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou em mucosas, como os lábios. Em pessoas de pele negra, que contam com maior proteção devido à melanina, costuma aparecer nas mãos e plantas dos pés.
Neste tipo, a exposição intermitente ao Sol é mais prejudicial, principalmente em horários de pico, entre 10 h e 16 h. Vale ressaltar, ainda, que ele apresenta forte relação com exposição solar na infância. Ao perceber uma lesão suspeita, faça o teste ABCDE e procure imediatamente um médico.
Algumas dicas são cruciais em qualquer época do ano, principalmente no verão.
Em caso de exposição excessiva, mantenha-se hidratado e protegido do sol. Fique, também, atento a qualquer lesão suspeita, uma mancha nova, ou mesmo manchas antigas que apresentem mudanças.
O tratamento depende do estágio em que a doença se encontra, mas na maioria das vezes a cirurgia é o mais indicado. Atualmente a sobrevida de paciente com câncer de pele aumentou devido a novos tratamentos com imunoterapia.
Além disso, é possível associar ao tratamento à radioterapia ou mesmo à quimioterapia. De modo geral, todo tratamento deve ser individualizado, a critério médico e oferecido pensando nos melhores resultados para o paciente.
O câncer de pele, apesar de ser a neoplasia mais prevalente no Brasil, é um dos mais facilmente prevenidos. Existem inúmeras maneiras de se precaver quanto à exposição ao sol e aos efeitos nocivos trazidos por ela.
A prevenção é a maneira mais simples de se evitar o câncer de pele. Por isso, sempre que houver dúvida a respeito de uma lesão na pele ou mucosa, procure um médico. Afinal, o diagnóstico precoce possibilita intervenções mais eficientes! No mais, o importante é aproveitar o verão com responsabilidade.
Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9