Dia Mundial da Esclerose Múltipla

O Dia Mundial da Esclerose Múltipla acontece oficialmente em 30 de maio. A data, criada Federação Internacional de Esclerose Múltipla, une a comunidade formada por portadores da doença no mundo todo. 

A intenção da data é estimular o compartilhamento de histórias, além da conscientização da população sobre o impacto da doença no sistema neurológico. A seguir, conheça um pouco mais sobre a esclerose múltipla, diagnóstico e tratamento.

O que é esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença inflamatória crônica. Nessa patologia, o sistema imunológico agride os neurônios e afeta sua estrutura e funcionamento, prejudicando o organismo. 

Desse modo, é como se os neurônios não pudessem mais se comunicar com o cérebro. Esse processo é irreversível, e se agrava com o passar dos anos. Por esse motivo, a esclerose múltipla é considerada uma doença degenerativa e debilitante, visto que pode afetar todas as áreas do corpo.

Geralmente a esclerose afeta pessoas entre os 20 e 40 anos, e atinge em maioria o público feminino. As causas da esclerose podem estar relacionadas a predisposição genética, assim como fatores ambientais considerados gatilho, como:

  • infecções virais;
  • obesidade;
  • exposição ao tabagismo;
  • exposição excessiva ao sol;
  • baixos níveis de vitamina D por longo período;
  • exposição a solventes orgânicos.

Quais os sintomas e como a doença é diagnosticada?

Nas fases iniciais, a esclerose múltipla apresenta sintomas que vem e vão naturalmente, sem chegar a atenção do indivíduo. Contudo, os sinais e sintomas mais comuns que se manifestam em uma pessoa com esclerose múltipla, são:

  • sensação de dormência nas pernas;
  • dificuldade para controlar a urina;
  • formigamento em extremidades;
  • perda da força muscular;
  • espasmos musculares;
  • dificuldades cognitivas;
  • impotência sexual;
  • falta de equilíbrio;
  • fala anasalada;
  • perda da visão;
  • visão dupla;
  • visão turva;
  • fraqueza;
  • tonturas;
  • fadiga.

Além disso, outros sinais podem estar presentes. Por isso, ao menor sinal de alterações no organismo, é muito importante procurar ajuda médica. O diagnóstico da esclerose múltipla envolve a avaliação clínica do paciente, assim como exames específicos. Entre eles: 

  • ressonância magnética de crânio e medula espinhal;
  • punção lombar para estudo do líquor (líquido que banha as estruturas do cérebro e da medula espinhal);
  • potencial evocado (estudo neurofisiológico que avalia a condução nervosa no trajeto visual, auditivo, motor e sensorial).

A esclerose múltipla tem tratamento?

A esclerose múltipla é uma doença que ainda não pode ser curada. No entanto, é possível que a pessoa com a doença tenha qualidade de vida por meio de tratamentos que ajudam a controlar a progressão da doença e minimizar os sintomas. 

A terapia medicamentosa oferecida para essa patologia reduz a atividade inflamatória e as crises ao longo dos anos. Dese modo, o tratamento com medicamentos contribui para diminuir o acúmulo de incapacidade na vida do indivíduo. Considerando que todo paciente apresenta fases e casos diferentes, o tratamento é avaliado individualmente. Assim, o médico pode analisar os melhores medicamentos para cada situação. 

Normalmente, os imunomoduladores são usados. Esses medicamentos reduzem a atividade inflamatória e a agressão à mielina, estrutura importante para a comunicação entre os neurônios. Dessa forma, é possível minimizar a frequência e intensidade das crises, ajudando a diminuir a perda da capacidade no decorrer dos anos.

Outro grupo de medicamentos usados são os imunossupressores, responsáveis por reduzir a atividade ou eficiência do sistema imunológico. Entretanto, aliado ao tratamento medicamentoso está a terapia reabilitacional. Essa técnica é essencial para reduzir espasmos, fadiga, depressão e outros sintomas que estão presentes na esclerose múltipla.  Uma importante aliada nesse caso é a neurorreabilitação, que promove a adaptação, recuperação e prevenção de complicações ao longo prazo, como deformidades ósseas, por exemplo. 

Além disso, essas terapias devem estar associadas a outras que contribuem para esse paciente, como tratamentos psicológicos, neuropsicológicos, fisioterápicos, fonoaudiólogos, neurovisores, e mais. 

Você pôde conhecer um pouco mais a esclerose múltipla, doença degenerativa que, quando tratada da forma adequada, pode ser controlada, melhorando a qualidade de vida e bem-estar do portador.

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