Setembro Amarelo: o que representa e como apoiar quem precisa de ajuda?

A campanha Setembro Amarelo é uma ocasião abordada neste mês como o objetivo de dialogar sobre o suicídio e a saúde mental. De acordo com estudos realizados pelo Conselho Federal de Psicologia, cerca de 90% dos suicídios poderiam ter sido evitados com o auxílio de profissionais de saúde mental.

Para entender melhor o Setembro Amarelo, vamos abordar melhor este assunto no post a seguir, apresentando formas de identificar pessoas que precisam de ajuda, maneiras de ajudar e alternativas que podem melhorar a saúde mental.

O que é o Setembro Amarelo?

O Setembro Amarelo é uma campanha organizada com o objetivo de alertar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde mental e combate ao suicídio. O dia 10 de setembro é marcado como data mundial de prevenção ao suicídio e acontece todos os anos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), problemas como ansiedade e depressão atingem mais de 12% da população brasileira. Por isso, é fundamental que campanhas como o Setembro Amarelo sejam divulgadas.

Como surgiu o Setembro Amarelo?

O Setembro Amarelo ganhou visibilidade no Brasil em 2015, criado pelo CVV (Centro de Valorização da Vida) junto ao CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria). Desde então, a campanha tem como objetivo dar visibilidade a este tema que ainda é tabu na sociedade.

As primeiras atividades realizadas pela campanha aconteceram em Brasília. Contudo, regiões de todo o país aderiram ao Setembro Amarelo, tornando-se uma campanha nacional.

Setembro Amarelo: como identificar comportamentos que demandam cuidados?

Um dos objetivos do Setembro Amarelo é chamar a atenção da população para comportamentos que demandam cuidado e, muitas vezes, estão sendo reproduzidos por quem está próximo do nosso convívio. Pessoas que está sob o risco de suicídio podem:

  • apresentar transtornos mentais, humor, de comportamento pelo uso de substâncias como álcool e drogas, transtornos de personalidade, esquizofrenia e ansiedade generalizada;
  • ter doenças orgânicas incapacitantes como dores, lesões, epilepsia, câncer ou AIDS;
  • apresentar sentimentos como solidão, impotência e desesperança;
  • ter dificuldades para se relacionar com familiares e amigos;
  • sofrer de doenças físicas crônicas, limitantes e dolorosas;
  • apresentar desejo súbito de concluir afazeres pessoais;
  • falar repentinamente sobre morte ou suicídio;
  • sofrer mudanças nos hábitos alimentares;
  • sentir-se desvalorizada ou envergonhada;
  • apresentar personalidade impulsiva;
  • apresentar comportamento retraído;
  • ter um convívio social conturbado;
  • apresentar sentimento de culpa;
  • sofrer mudanças no sono;
  • apresentar irritabilidade;
  • ter humor instável;
  • apresentar apatia;
  • ser pessimista;
  • ser agressiva.

Como ajudar quem precisa de ajuda?

Ao identificar uma pessoa de seu convívio que precisa de ajuda, é importante evitar comportamentos que possam constranger a pessoa. Da mesma forma, é fundamental evitar comentários de que tudo vai ficar bem, diminuindo o que a pessoa sente. Veja algumas ações fundamentais para ajudar pessoas com comportamentos suicidas:

  • buscar entender os sentimentos da pessoa sem diminuir sua importância;
  • perguntar sobre tentativas de suicídio ou pensamentos anteriores;
  • considerar a seriedade da situação e verificar o grau de risco;
  • remover os meios para o suicídio em casos de grande risco;
  • permanecer ao lado da pessoa evitando deixá-la sozinha;
  • conversar com a família e amigos imediatamente;
  • identificar outras formas de apoio emocional;
  • demonstrar preocupação e cuidado;
  • ter respeito por seu sofrimento;
  • demonstrar empatia e calma;
  • conseguir ajuda profissional;
  • dar o apoio necessário;
  • saber escutar;
  • ser afetuoso.

Dicas que podem ajudar no cuidado da saúde mental

Saber como cuidar da saúde mental é fundamental para que o indivíduo consiga lidar com diferentes situações e emoções naturais e comuns do nosso convívio. Por isso, uma vez que a pessoa tenha saúde mental, poderá sentir-se bem consigo e com aqueles que estão à sua volta. Confira algumas práticas que podem ajudar no cuidado da saúde mental.

Cuide da saúde física

Muitos acreditam que a única opção para reverter transtornos mentais é o uso de medicamentos. Afinal, nem todos não conhecem o impacto das atividades físicas para a saúde mental.

As atividades físicas contribuem para a capacidade cognitiva, fornecendo mais energia e aumentando a autoestima. Além disso, a liberação de endorfina durante os exercícios, conhecido popularmente como hormônio da felicidade, apresenta diversos benefícios, contribuindo para sensações de bem-estar e conforto, melhorando o humor e a saúde. Desse modo, é importante saber como cuidar da saúde mental com uma rotina que inclua:

Mantenha bons relacionamentos

Cultivar bons relacionamentos é uma forma de melhorar a saúde mental. Busque estar próximo de pessoas que você ama e te fazem bem, como familiares e amigos. Manter bons relacionamentos é fundamental para viver de forma prazerosa, além de trazer sentido para nossa vida.

Diminua o tempo na internet

Com o avanço da tecnologia e a rapidez das informações, é muito comum passar algumas horas diante das telas do computador ou celular diariamente. No entanto, isso pode facilmente se tornar nocivo para a saúde mental. 

No lugar de passar muito tempo observando a vida de alguém que você acredita ser perfeita, busque encontrar sua própria felicidade de forma real. Diminua o tempo diário nas redes sociais e comece a programar atividades que tragam prazer e satisfação, com pessoas que realmente importam para você.

Priorize seu sono

É comum deixar de dormir algumas horas para poder terminar um trabalho ou mesmo aproveitar um tempo de lazer. No entanto, as noites mal dormidas são a causa da indisposição, mente inquieta, mau-humor e dificuldades para concentração, prejudicando até mesmo o raciocínio lógico.

Portanto, uma dica importante de como cuidar da saúde mental é garantir horas de sono de qualidade. Procure dormir entre 7 a 8 horas por dia. Assim, sua mente estará relaxada e mais eficiente para as próximas atividades de sua rotina.

Busque ajuda

Buscar ajuda de um profissional é tão importante quanto as dicas acima. Mantenha a atenção em si mesmo e, ao perceber que existem dificuldades em lidar com certas emoções e frustrações, não exite em buscar ajuda.

Atualmente, podemos contar com diferentes profissionais para ter ajuda e saber lidar com momentos difíceis da vida. É importante entender que ninguém precisa passar por essas fases sozinho. 

Agora que você já conhece a importância da campanha Setembro Amarelo e como apoiar alguém que precisa de ajuda, ao notar os sinais, converse com respeito, empatia e compreensão. Além disso, oriente a pessoa a procurar ajuda no CVV para realizar um atendimento de apoio emocional e prevenção de suicídio pelo telefone 188, chat ou e-mail.

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