A tireoide é uma importante glândula do corpo, localizada na parte frontal do pescoço e responsável por secretar hormônios fundamentais para o funcionamento do organismo. Ao afetar as células da glândula, o câncer de tireoide pode provocar nódulos na região, dificuldades para engolir, dores e rouquidão.
Conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que mais de 15 mil casos são diagnosticados no Brasil, anualmente. O tratamento pode variar de acordo com o tipo e estágio da doença. Por isso, o diagnóstico precoce é essencial. A seguir, conheça os principais sinais e sintomas do câncer de tireoide e quais exames contribuem para sua identificação.
Em sua estrutura, a tireoide é uma glândula dividida em dois lobos, ligados por um istmo. Desse modo, assumem um formato de borboleta na região frontal do pescoço. Os hormônios secretados pela tireoide são regulados pela hipófise, glândula que localiza-se no cérebro e é responsável pela fabricação do TSH (hormônio estimulador da tireoide).
O câncer de tireoide é uma neoplasia maligna que afeta a glândula, sendo considerado um grave problema de saúde mundial devido ao aumento de sua incidência nos últimos anos. Atualmente, existem 4 tipos de tumor: o carcinoma papilífero, carcinoma folicular, carcinoma medular e carcinoma anaplásico.
O tipo de câncer de tireoide mais comum é o carcinoma papilífero, tumor que pode acometer indivíduos em qualquer idade. Com crescimento lento, pode espalhar-se para gânglios linfáticos em alguns casos. Contudo, sua taxa de cura é alta.
Menos comum que o carcinoma papilífero, o carcinoma folicular representa 10% dos cânceres de tireoide. Já o carcinoma medular afeta 5% dos indivíduos com câncer na glândula. Em 25% dos casos, ocorre por hereditariedade.
Por fim, o tipo de câncer de tireoide mais raro é o carcinoma anaplásico, afetando entre 1% a 2% dos casos. Mais comum em mulheres acima de 60 anos, é o mais agressivo, com menores respostas ao tratamento.
No tumor de tireoide, os sinais e sintomas mais comuns são nódulos ou caroços visíveis e palpáveis na região do pescoço. Em alguns casos, pode ocorrer dor e inchaço na área, assim como rouquidão, dificuldades para falar, engolir ou respirar, e também tosse constante. É importante entender que, ainda que apresente um nódulo na região, nem todo caso é indicativo de câncer de tireoide. Afinal, na grande maioria, os tumores na glândula são benignos.
Atualmente, os fatores de risco mais associados ao câncer de tireoide são síndromes genéticas, histórico da doença na família e bócio. Do mesmo modo, a radiação é um importante fator de risco, visto que muitas pessoas são expostas, seja para tratamento de doenças anteriores ou durante o exercício de sua profissão.
Os nódulos na tireoide são identificados frequentemente por meio de exames na região do pescoço. Com a suspeita, realiza-se exames de diagnóstico por imagem, como ultrassonografia, tomografia computadorizada, e punções aspirativas.
O ultrassom da tireoide é o exame que pode ajudar a detectar e diagnosticar anomalias. Desse modo, serve para diagnosticar nódulos, sejam elas benignas quanto malignas. Além disso, o ultrassom de tireoide permite a avaliação de linfonodos (gânglios) e glândulas salivares de forma simples e indolor, sem que seja necessário preparo.
A tomografia avalia bócios volumosos ou estadiamento de casos de carcinoma avançados da tireoide, quando ocorre invasão de estruturas adjacentes. Para esse exame é preciso jejum, visto que pode ser necessário a injeção de contraste iodado.
Ao detectar-se o nódulo, geralmente o médico realiza a PAAF, punção aspirativa por agulha fina. Esse é um meio de diagnóstico por biópsia, possibilitando a obtenção de amostras de tecidos e líquidos nas lesões sólidas ou císticas com o auxílio de uma agulha de pequeno calibre. Assim, é possível identificar com clareza as características das células presentes no nódulo, constatando ser um tumor maligno ou não.
A biópsia guiada por ultrassom de agulha grossa permite retirar alguns fragmentos do tecido, visto que o calibre da agulha é maior quando comparamos a usada no PAAF. Durante esse exame, o posicionamento da agulha é feito por ultrassom e, com o uso de anestesia local, o médico retira de alguns fragmentos para análise.
O câncer de tireoide pode ser tratado adequadamente desde que descoberto em tempo hábil. Para isso, realizar os exames de rotina é fundamental para a identificação de sinais e solicitação de procedimentos específicos que permitam diagnosticar a doença.
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