De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 10% das mulheres acima dos 40 anos e 20% das que estão acima de 60 anos apresentam complicações na tireoide. Para conscientizar a população em relação às anomalias que podem ser desenvolvidas, no dia 25 de maio comemora-se o Dia Internacional da Tireoide.
Lançada em 2008 pela Federação Internacional da Tireoide, a data tem o objetivo de promover a conscientização e entendimento dos problemas da glândula, além dos desafios enfrentados pelas pessoas com alterações.
Acompanhe no post de hoje, a importância do Dia Internacional da Tireoide para a saúde!
No dia 25 de maio, Dia Internacional da Tireoide, comemora-se a importância da realização de exames preventivos relacionados à glândula. Localizada na parte da frente do pescoço, a tireoide tem o formato de uma borboleta, e é responsável pela produção de hormônios que ajudam na regulação do organismo e controle do processo metabólico.
O mau funcionamento da tireoide pode resultar em grandes problemas, atingindo órgãos importantes como o coração, fígado, cérebro e rins.
Por isso, a conscientização para exames de prevenção é um importante objetivo para a comemoração do Dia Internacional da Tireoide.
A glândula tireoide produz hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), responsáveis por atuar em diversos órgãos do corpo e auxiliando na regulação de seu metabolismo. A regulação da produção de hormônios é realizada por um complexo sistema que envolve outros órgãos e glândulas. Seu desequilíbrio pode levar a inúmeros problemas. Conheça os principais, a seguir.
O hipertireoidismo e hipotireoidismo são distúrbios causados por alterações na produção de hormônios pela glândula tireoide. No hipertireoidismo, ocorre um aumento na produção dos hormônios T3 e T4, gerando perda de peso, aumento dos batimentos cardíacos, ansiedade, insônia.
Já no hiportireoidismo é o oposto: diminuição na produção dos hormônios, que causam aumento de peso, cansaço, fraqueza e até impotência sexual. As causas podem ser congênitas (desde o nascimento), autoimunes, inflamatórias ou mesmo efeitos colaterais do tratamento de outras doenças.
Além do hipertireoidismo e hipotireoidismo, o Dia Internacional da Tireoide conscientiza sobre as disfunções como a doença de Graves, um tipo de hipertireoidismo causado por condições autoimunes. Além dos sintomas já descritos, o paciente também pode apresentar olhos salientes e formação de placas endurecidas e avermelhadas sob a pele.
O bócio é caracterizado pelo aumento visível do tamanho da tireoide. As causas podem ser variadas, desde inflamações a formação de nódulos nas glândulas. São comuns sintomas como dificuldade para engolir e respirar e sensação de aperto na garganta.
O aparecimento de nódulos e cistos nem sempre tem uma causa descoberta. A grande maioria deles é benigno, desaparecendo naturalmente, sem a necessidade de tratamento ou retirada. Podem ser palpáveis ou não e, para a sua avaliação, é necessário levar em conta o histórico familiar do paciente.
Os tumores se formam quando há o crescimento de tecido anormal, que pode ser benigno ou maligno (cancerígeno). Neste segundo caso, quando o câncer é detectado, é necessário que se faça a retirada da glândula. Assim como nos outros casos, as causas nem sempre são determinadas.
Os distúrbios na tireoide podem ser detectados por meio de exames de rotina, que contribuem para a prevenção das anomalias na glândula, motivo que torna o Dia Internacional da Tireoide tão importante. Conheça os exames usados para detectar doenças e distúrbios na tireoide.
A dosagem do hormônio TSH contribui para o diagnóstico de doenças como o hipotireoidismo e hipertireoidismo. Seus valores podem diferir de acordo com a idade e presença ou não de gestação. Sua dosagem é recomendada em pacientes que apresentam suspeita ou risco para essas doenças, além de ser indicado como forma de rastreio a cada 5 anos, a partir dos 35 anos.
Recomenda-se a dosagem em pacientes com suspeita ou risco para hipo ou hipertireoidismo além de se recomendar o rastreio a cada cinco anos a partir dos 35 anos. Por não refletir necessariamente a presença de doença da tireoide, pode ser acompanhado da dosagem de T4 livre.
Como o TSH, o T4 livre ajuda no diagnóstico do hipertireoidismo e hipotireoidismo. Caso não exista discordância em seus resultados, uma investigação ainda mais detalhada deve ser recomendada pelo especialista.
Junto à interpretação do T4 livre, a dosagem de T3 deve ser feita como forma de ajudar no diagnóstico de distúrbios da tireoide, auxiliando no desenvolvimento do tratamento. Contudo, esse exame não é adequado para a detecção do hipotireoidismo.
Estes exames são responsáveis pela detecção de doenças tireoidianas auto-imunes (DTA), como a Doença de Graves e a Tireoide de Hashimoto, mais comuns no desenvolvimento do hipotireoidismo e hipertireoidismo.
Ainda que os exames acima possam contribuir com um diagnóstico, realizar um ultrassom de tireoide é fundamental para a identificação de qualquer doença e distúrbio. O exame de imagem pode ajudar a detectar e diagnosticar tais anomalias. Esse tipo de ultrassom da cervical serve para diagnosticar lesões focais (nódulos), tanto benignos quanto malignos, e avaliar linfonodos (gânglios) e glândulas salivares.
O ultrassom da tireoide, assim como as outras ultrassonografias, não exige preparo, é simples e indolor. Para que seja realizado, o paciente se deita na maca e o responsável pelo procedimento desliza o transdutor pela garganta com a ajuda de um gel.
O aparelho emite ondas sonoras de alta frequência que, em contato com os órgãos, geram imagens bidimensionais em tempo real. Além disso, também não há efeitos colaterais após a realização do exame.
A ultrassonografia da tireoide é realizada, geralmente, quando existe um crescimento anormal da glândula. É indicada a pacientes que já tenham histórico de variação ou doença hormonal como hipotireoidismo e hipertireoidismo, casos de câncer de tireoide na família ou que possuam nódulos palpáveis e visíveis, detectados no exame de toque.
Responsável pela produção de hormônios, a tireoide também atua em funções de órgãos como o coração. O autoexame é um aliado importante no seu acompanhamento, permitindo detectar possíveis alterações.
Contudo, pudemos perceber com o Dia Internacional da Tireoide a importância do acompanhamento médico e realização de exames periódicos. Assim, evitando o desenvolvimento de doenças e contribuindo para o diagnóstico precoce de anomalias, por meio do ultrassom de tireoide.
Quer saber mais sobre este assunto? Confira os sintomas e diagnósticos das doenças da tireoide. Assim, você pode fazer seu agendamento para exames de rotina na Clínica CEU!
Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9