O Dia Mundial da Esclerose Múltipla é celebrado em 30 de maio, e tem como compromisso aumentar a conscientização da população sobre essa doença neurológica crônica. Por afetar o sistema nervoso central causando inflamação e destruição da bainha de mielina, a doença apresenta sintomas que podem variar de uma pessoa para outra. Desse modo, seu diagnóstico muitas vezes é desafiador. Para entender melhor a esclerose múltipla, continue a leitura conosco.

Qual a importância do Dia Mundial da Esclerose Múltipla?

O Dia Mundial da Esclerose Múltipla, comemorado no dia 30 de maio, foi instituído como forma de aumentar a visibilidade da doença, informando a população sobre os desafios enfrentados por indivíduos que convivem com a enfermidade. 

A data contribui para a divulgação de informações importantes sobre os sintomas, diagnóstico e tratamento. Além disso, promove a solidariedade e apoio aos portadores e também familiares. Por meio de campanhas, atividades e eventos, contribui também na arrecadação de fundos para pesquisas e terapias.

O que é esclerose múltipla?

A esclerose múltipla é uma doença autoimune inflamatória crônica em que o sistema imunológico agride os neurônios afetando sua estrutura e funcionamento ao destruir a bainha de mielina. Desse modo, os neurônios não podem mais se comunicar com o cérebro. 

Esse processo irreversível prejudica o organismo, agravando-se com o passar dos anos. Por isso, considera-se a esclerose múltipla uma doença degenerativa e debilitante, visto que pode afetar todas as áreas do corpo.

Sintomas

Em sua fase inicial, a esclerose apresenta sintomas que vêm e vão naturalmente, sem despertar a atenção do indivíduo. Por esse motivo, muitas vezes a esclerose é tardiamente diagnosticada. Entre os sinais e sintomas comuns da doença, estão:

• perda da visão, visão dupla ou turva;
• dificuldade para controlar a urina;
• formigamento nas extremidades;
• diminuição da força muscular;
• dificuldades cognitivas;
• dormência nas pernas;
• espasmos musculares;
• impotência sexual;
• falta de equilíbrio;
• fala anasalada;
• fraqueza;
• tontura;
• fadiga.

Como é o diagnóstico da doença?

Por sua diversidade de sinais e sintomas intermitentes, o diagnóstico da esclerose múltipla em fases iniciais não é frequente. Por serem transitórios, o indivíduo não costuma dar a devida importância para as alterações que, muitas vezes são sutis. 

Após avaliação clínica e suspeita da doença, o diagnóstico da esclerose ocorre por meio de exames específicos, como a ressonância magnética de crânio e medula espinhal. Além disso, realiza-se punção lombar para estudo do líquor, e exame potencial evocado, estudo que avalia a condução nervosa no trajeto visual, auditivo, motor e sensorial do paciente.

É possível tratá-la?

Apesar dos avanços na medicina, ainda não foi desenvolvida uma cura para a esclerose múltipla. No entanto, os tratamentos existentes proporcionam qualidade de vida ao paciente por meio de terapias que auxiliam no controle da progressão da doença, minimizando seus sintomas. 

Com a terapia medicamentosa, pode-se reduzir a atividade inflamatória e as crises ao longo dos anos. Dessa forma, o tratamento por meio de medicamentos contribui na diminuição do acúmulo de incapacidade na vida do indivíduo. Visto que todo paciente apresenta diferentes fases e casos, o tratamento é individualizado.

Assim, o médico pode analisar a melhor conduta de acordo com o estado de cada indivíduo. Além disso, outros profissionais devem fazer parte das medidas terapêuticas, contribuindo para a recuperação, adaptação e preservação do indivíduo diante da debilitação da doença.

Terapia medicamentosa

Normalmente, os imunomoduladores são os medicamentos mais comuns para a terapia, visto que permitem reduzir a atividade inflamatória e a agressão à mielina. Desse modo, é possível minimizar a frequência e intensidade das crises, ajudando a diminuir a perda da capacidade com o passar do tempo. Outro grupo muito utilizado são os imunossupressores, medicamentos responsáveis por reduzir a atividade ou eficiência do sistema imunológico.

Tratamento multidisciplinar

Contudo, é fundamental que, aliado ao tratamento medicamentoso, esteja a terapia reabilitacional. A técnica é essencial para diminuição de espasmos, fadiga, depressão e outros sintomas presentes na esclerose múltipla.

Da mesma forma, a neurorreabilitação deve estar presente, promovendo a adaptação, recuperação e prevenção de complicações a longo prazo, como deformidades ósseas. Junto a essas terapias ainda devem estar associados tratamentos psicológicos, neuropsicológicos, fisioterápicos, fonoaudiólogos, entre outros.

O Dia Mundial da Esclerose Múltipla visa levar informações sobre a doença para a população. Assim, é possível melhorar as visão da sociedade sobre os desafios enfrentados por esses pacientes e seus familiares, além de alertar sobre a necessidade de consultas e exames de rotina.

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