8 doenças mais comuns na gravidez

A gestação é uma experiência única na vida de uma mulher. Além de aguardar o bebê, seu corpo passa por grandes e significativas mudanças. Nesse sentido todo cuidado é preciso para que se previna ou trate a tempo algumas doenças que podem aparecer durante a gravidez.

De fato, o Ministério da Saúde adverte que a realização do pré-natal representa papel fundamental em termos de prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante.

Uma vez que seu organismo passa por diversas mudanças, a mulher entra para um grupo de risco na gestação. Desde infecções à enfermidades mais severas, como a pré-eclâmpsia, qualquer tipo de risco deve ser evitado e tratado com prioridade.

Nesse sentido, é importante que a futura mamãe esteja atenta aos sintomas que venha a apresentar e reportá-los ao seu obstetra. De fato, muitas manifestações físicas são naturais à própria gravidez. Este é caso dos pés inchados, algumas cólicas  e enjoos no primeiro trimestre, sono e cansaço muitas vezes excessivos.

Pensando nisso, apresentamos algumas doenças na gravidez e seus sintomas. Confira:

8 doenças na gravidez mais comuns

Existem 8 doenças gestacionais mais comuns. Veja quais são e quais seus tratamentos.

1. Asma

Na gestação, a asma tende a se manifestar em mulheres que já sofrem da doença. Cerca de uma a cada três grávidas sofrem uma piora considerável no quadro asmático.

Isso geralmente ocorre entre a 29ª e a 36ª semana de gravidez. A explicação para o agravamento na asma está ligada às mudanças fisiológicas respiratórias. Nesse período, a mulher sente maior necessidade de oxigênio, o que leva à hiperventilação.

É importante pontuar que essa hiperventilação pode resultar em restrição de oxigênio e comprometer o desenvolvimento do feto. Portanto, essa condição precisa ter o devido acompanhamento médico.

2. Anemia

A anemia gestacional ocorre devido à extensão do volume líquido no corpo da gestante e consequentemente a maior absorção de ferro. Isso se dá nas últimas semanas, pois o corpo passa a trabalhar mais para produzir hemoglobinas no feto e na mulher.

Esse processo é natural, mas é preciso ser acompanhado de perto caso se manifeste a anemia. Isso porque, se não tratada, a anemia coloca em risco o parto, levando a grande perda de sangue por parte dá mãe e comprometendo a saúde do bebê, que pode nascer com peso abaixo do normal.

Portanto, é preciso estar atenta aos sintomas: sonolência excessiva e fraqueza. Por outro lado, o tratamento é relativamente simples e consiste em uma dieta controlada e, em alguns casos, suplementação vitamínica.

3. Pré eclâmpsia

A pré-eclâmpsia está no conjunto dos problemas gestacionais mais severos. Estima-se que, no Brasil, três gestantes morrem pela doença por dia. A doença hipertensiva normalmente se manifesta na primeira gestação e terceiro trimestre.

A pré-eclampsia tem diversos sintomas:

  • Espuma na urina;
  • Vista embaralhada;
  • Convulsões;
  • Dores abdominais;
  • Inchaço;
  • Dores de cabeça e 
  • Dores no estômago.

A condição se dá devido a alteração vascular na placenta. Isso faz com que a pressão arterial aumente e suas consequências são graves. Se a condição não for controlada, ela pode evoluir para eclâmpsia, síndrome de Hellp, causar o envelhecimento da placenta e parto prematuro.

Portanto, em casos de pré-eclâmpsia, orienta-se consultas e exames mais assíduos, com dieta e controle da pressão arterial.

4. Infecção urinária

A infecção urinária, ou cistite, é uma condição que acomete grande parte das mulheres e na gestação as chances são ainda maiores. A infecção bacteriana é extremamente comum na gravidez e tem como sintomas a ardência ao urinar, desconforto e dor no canal urinário.

A doença gestacional tem sua explicação embasada nas alterações anatômicas e funcionais das vias urinárias e rins que facilitam a infecção. Apesar de não soar como perigosa, se não tratada corretamente, a doença pode prejudicar o crescimento do bebê, levar ao parto prematuro ou, em casos ainda mais graves, à morte de ambos.

É sabido que a bacteriúria assintomática pode passar despercebida. Portanto, mesmo que não manifeste os sintomas, é essencial manter os exames pré-natal em dia para identificar qualquer alteração.

5. Diabetes mellitus gestacional (DMG)

A diabetes gestacional costuma se manifestar após a 26ª semana de gravidez. A doença costuma acometer mulheres que tenham histórico familiar propício e que ganhem mais de 12 quilos na gestação

No entanto, ela não está necessariamente ligada ao peso. Nas palavras do ginecologista obstetra Edilson Ogeda a placenta tem hormônios diabetogênicos, com potencial para desenvolver o diabetes . Aquela mulher cujo pâncreas produz insulina de forma normal passa tranquilamente pela gestação. Mas aquela com alguma deficiência na produção de insulina pode desenvolver a doença”, explica.

Os sintomas comumente associados ao diabetes são o aumento da vontade de urinar e da sede. Uma vez diagnosticada a condição, a gestante deve iniciar o tratamento rapidamente.

6. Distúrbios da tireoide

Os distúrbios da tireoide na gestação são decorrência das alterações hormonais que podem desregular as funções da glândula. Consequentemente, isso leva ao hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

Por outro lado, o tratamento é simples e deve ser realizado o acompanhamento com um endocrinologista que indicará a medicação mais adequada.

7. Vaginose

A vaginose é uma das doenças que não se pode prevenir, uma vez que se manifesta devido à baixa imunidade na gestação. Há indícios de que o estresse possa contribuir para o seu aparecimento, portanto não é uma doença sexualmente transmissível.

A vaginose é um condição que afeta a flora vaginal. Uma vez instalada, ela reduz a quantidade de lactobacilos – essenciais para a proteção da região. Dessa forma, bactérias como a Gardnerella vaginalis se instalam, causando forte cheiro e corrimento. 

Interessante pontuar que a condição é comum e geralmente é associada à ruptura da bolsa e o trabalho de parto prematuro. Uma vez diagnosticada, a doença pode ser tratada por via vaginal ou oral.

8. Zika

O zika é uma doença relativamente recente mas que vem causando grande preocupação nos especialistas. A doença transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti causa diversos sintomas, como:

  • Manchas vermelhas em todo o corpo;
  • Febre;
  • Coceira generalizada e 
  • Dores nas articulações

As gestantes, sobretudo, devem ficar atentas, pois o vírus pode comprometer o desenvolvimento neurológico do feto. Uma vez instalado e não tratado, ele pode levar ao desenvolvimento da microcefalia.

Para evitar esse mal, orienta-se o uso de repelentes para grávidas e evitar áreas de risco. Infelizmente, ainda não existe vacina para prevenir a doença.

Durante a gestação, tanto mãe quanto filho ficam expostos a diversos tipos de condições. Dessa forma, é essencial realizar um bom acompanhamento do pré-natal, bem como os exames para se prevenir e também identificar doenças na gravidez.

Confira também quais exames fazer no primeiro, segundo e terceiro trimestre da gestação.

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Equipe da Clínica CEU

Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9

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