Isquemia cardíaca não diagnosticada: quais os riscos?

O organismo conta com milhares de pequenos vasos e veias sanguíneas que garantem o transporte de sangue e oxigênio para diferentes partes do corpo. A isquemia cardíaca acontece quando, por algum motivo, esse fornecimento não ocorre devidamente. Desse modo, o suprimento sanguíneo falha, causando graves complicações à saúde. A seguir, conheça melhor a isquemia cardíaca e os principais riscos que a doença pode causar quando não diagnosticada!

O que é a isquemia cardíaca? 

A isquemia cardíaca também é conhecida como isquemia do miocárdio. Essa condição tem como característica a diminuição da passagem de sangue pelas artérias que o levam até o coração, chamadas artérias coronárias.

De modo geral, a isquemia cardíaca acontece devido à presença de placas de gordura nas paredes interiores das artérias, condição chamada de aterosclerose. Quando não são diagnosticadas e tratadas, causam complicações pela obstrução do fluxo sanguíneo e falta de irrigação para o restante do organismo. Essa obstrução acontece de diferentes formas.

Angina estável

A angina estável é um tipo de isquemia cardíaca crônica transitória. Em casos como esse, o indivíduo apresenta dores no peito ao realizar esforço, sofrer estresse ou mesmo após comer. No entanto, a dor melhora em pouco tempo após repouso.

Angina instável

A angina instável, diferente da anterior, é classificada por dores no peito que podem surgir a qualquer momento, sem causa aparente, e que duram mais de 20 minutos. Além disso, que não melhoram após repouso. Por isso, exige tratamento rápido.

Infarto agudo do miocárdio

O infarto agudo do miocárdio ocorre de forma súbita, ou seja, sem apresentar sinais. Aqui, a isquemia cardíaca causa o bloqueio do fluxo sanguíneo, provocando dor intensa no peito, sensação de queimação, falta de ar, e dores entre o braço e a mandíbula. O tratamento imediato é fundamental.

Isquemia silenciosa

Além disso, a isquemia pode ser silenciosa, sem apresentar sinais ou sintomas. Na maioria das vezes, descobre-se a isquemia a partir de exames de rotina. Quando não diagnosticada, evolui para o infarto agudo do miocárdio, comprometendo grande parte do coração.

Quais são as causas de isquemia cardíaca?

A isquemia tem diferentes causas. No entanto, a aterosclerose é a principal e a mais comum. Esse acúmulo de gordura nas artérias ocorre devido a fatores como alimentação incorreta, sedentarismo, condições genéticas e doenças como:

  • diabetes;
  • hipertensão arterial;
  • lúpus eritematoso sistêmico;
  • hipertireoidismo;
  • estenose aórtica;
  • embolia coronariana;
  • coágulo sanguíneo.

Como diagnosticar a isquemia cardíaca?

A isquemia cardíaca deve ser diagnosticada precocemente. Assim, é possível evitar prejuízos à saúde e complicações que podem afetar a qualidade de vida e o bem-estar do indivíduo. O diagnóstico é feito pelo médico cardiologista. Para isso, são solicitados exames de sangue auxiliam na avaliação dos níveis de algumas substâncias que comprometem a saúde do coração e organismo, como colesterol total, triglicérides, glicemia e outros. Além disso, exames que auxiliam na identificação da isquemia, como:

Qual o risco do diagnóstico tardio?

A isquemia cardíaca é uma doença grave, seu tratamento exige pressa. Por isso, o diagnóstico tardio compromete as chances de tratamento e a vida do paciente. Afinal, pode causar bloqueio total ou mesmo rompimento da artéria, resultando em graves complicações à saúde. 

Considerando que a raramente a isquemia apresenta sinais e sintomas ainda em fase inicial, é muito importante manter os exames de rotina. Essa é a principal forma de identificar a condição rapidamente, possibilitando o tratamento adequado.

A isquemia cardíaca é uma condição grave, que exige tratamento rápido. Contudo, é possível prevenir que ela ocorra. Para isso, algumas recomendações simples podem ajudar. Entre elas estão o controle do peso, prática de atividades físicas, alimentação balanceada e abandono de hábitos nocivos, como álcool em excesso e tabagismo. Além disso, é fundamental realizar exames de rotina para evitar complicações e garantir o diagnóstico precoce.

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