A importância do acompanhamento médico na terceira idade

Estima-se que no ano de 2030, pela primeira vez o Brasil terá uma população composta por mais idosos do que crianças. Isso significa que o país precisará investir muito mais nos setores de assistência à saúde para cuidar de quem está envelhecendo. Afinal, com o tempo o corpo se torna suscetível a uma série de disfunções, doenças e condições crônicas que podem prejudicar a qualidade de vida do idoso.

Ainda assim, a terceira idade é muitas vezes chamada de melhor idade, especialmente pelas pessoas que conseguem viver essa fase com tranquilidade e disposição. Envelhecer bem é possível desde que haja um entendimento de que é necessário cuidar de sua saúde mesmo antes de chegar aos 60. O acompanhamento médico na terceira idade se torna essencial para alcançar esse objetivo.

Neste post você vai conferir os pontos mais importantes sobre o acompanhamento médico para idosos, com os exames mais pedidos e as doenças comuns dessa fase da vida. 

Acompanhamento médico na terceira idade: mantendo a saúde

A saúde na terceira idade ganha um sentido um pouco diferente. Enquanto jovens e adultos, saúde é sinônimo de não estar doente.

Já um idoso pode ser muito saudável, ainda que seja portador de uma ou mais condições que afetam sua saúde. Algumas doenças surgem após os 60 anos e, apesar de afetar aspectos da vida de seus portadores, podem ser tratadas e passar quase imperceptíveis por muitos anos.

O fator mais importante para ser um idoso saudável é a prevenção, de preferência que ele tenha realizado ao longo de toda a vida adulta. O acompanhamento médico na terceira idade é decisivo e deve ser composto por consultas de rotina e exames preventivos. São eles que ajudarão a identificar qualquer sinal de anormalidade, descobrindo doenças de forma precoce e acelerando tratamentos para que o paciente consiga manter uma boa qualidade de vida.

O profissional responsável pelo cuidado com idosos é o geriatra. Ao longo da sua formação profissional, o geriatra aprende não só a avaliar a saúde física do paciente, prescrevendo exames e indicando as condutas necessárias, como também é capaz de entender e observar os outros aspectos da vida cotidiana que interferem na sua saúde.

É bom lembrar que a terceira idade pode ser um momento de pouca atividade e solidão. Por isso, os idosos precisam participar de momentos de socialização, com visitas e encontros com amigos e família, além de ter uma rotina com atividades e práticas para desempenhar, ainda que sejam simples. Aqui vale a máxima: mente sã, corpo são!

Doenças mais comuns na terceira idade

Como falamos há pouco, a terceira idade é uma fase em que muitas doenças se manifestam, algumas delas com relação direta com os nossos hábitos e rotinas ao longo da vida. Quando se pensa em doença crônica na terceira idade, duas são as mais comuns:

1. Demência

Demência quer dizer uma perda de função cognitiva no cérebro, que pode ser provocada por lesões cerebrais, como um AVC ou um acidente grave, ou pela degeneração natural das células nervosas com o passar dos anos.

2. Mal de Alzheimer

O Mal de Alzheimer é o tipo mais comum de demência, e tem como principal sintoma a perda da memória recente. A doença se instala aos poucos, provocando mudanças repentinas de humor e da personalidade, o esquecimento e algumas dificuldades de movimento e locomoção.

O diagnóstico é feito no consultório, por um neurologista, mas a confirmação definitiva só vem após a morte, em uma necrópsia do cérebro. Ainda não há uma ou mais causas definitivas para o Alzheimer, mas os fatores de risco para doenças cardíacas também podem aumentar a chance de desenvolver demência. O tratamento com remédios ajuda a atenuar os sintomas temporariamente.

3. Mal de Parkinson

A doença de Parkinson afeta o cérebro, prejudicando a coordenação motora e provocando tremores incontroláveis. O portador do mal de Parkinson tem dificuldade para fazer movimentos, caminhar e até mesmo ficar de pé sem um apoio fixo.

Com o desenvolvimento da doença, a pessoa pode ter dificuldade até em ações involuntárias, como engolir saliva e piscar os olhos, além de perder a expressividade no rosto. Outros sintomas como cansaço, depressão, desmaios e demência também fazem parte de um quadro de Parkinson.

Também não há causa definitiva para a doença, e o diagnóstico também é feito por neurologista. Médicos acreditam ser possível que o Parkinson seja transmitido geneticamente, e que a exposição a toxinas (como pesticidas) pode aumentar os riscos de desenvolver a doença. O tratamento é o controle dos sintomas com medicação, e fisioterapia para melhorar a qualidade dos movimentos e evitar atrofia dos músculos.

4. Perda visual e auditiva

Além das doenças de Alzheimer e Parkinson, o avanço da idade traz consigo o desgaste natural das estruturas do corpo, especialmente a visão e a audição.

A perda auditiva pode ser amparada pelo uso de aparelhos de audição, que hoje em dia são muito discretos. Uma audiometria simples pode mostrar o grau da perda.

Já para os olhos, a catarata é uma doença muito comum em idosos. Ela acontece quando o cristalino, a lente natural do olho, se torna opaco e provoca visão embaçada. A solução é cirúrgica, com a substituição da lente em um procedimento bastante simples.

Já a AMD ou Degeneração Macular pode ocorrer a partir dos 50 anos. A AMD é uma doença crônica da retina que provoca cegueira e tem como principal causa o tabagismo e a predisposição genética.

5. Doenças Cardiovasculares

As doenças cardiovasculares são a maior causa de mortes de idosos no mundo.

O envelhecimento do corpo faz com que as artérias “endureçam”, aumentando a pressão arterial. Já outros quadros como a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo podem causar acúmulo de placas de gordura nas veias e artérias, bloqueando a passagem de sangue.

Todos esses fatores juntos provocam ataques cardíacos, que na terceira idade podem ser bem mais perigosos (e fatais!). Por isso, é importante visitar o cardiologista pelo menos uma vez por ano para fazer o acompanhamento médico na terceira idade, com o monitoramento da pressão arterial, eletrocardiograma, entre outros.  

6. Osteoporose

A osteoporose é causada pelo desgaste de cálcio dos ossos, natural a partir dos 60 anos. O exame da densitometria óssea é utilizado para diagnosticar a doença, que pode causar fraturas e dificultar a autonomia do idoso.

O tratamento consiste em reposição do cálcio, através de suplementação, e fortalecimento com atividade física moderada.

Exames que todo idoso deve fazer

Por fim, os médicos especialistas também podem solicitar um check-up completo anualmente, com exames de rotina:

  • Hemograma completo;
  • Glicemia (para prevenir o diabetes);
  • Colesterol e triglicérides;
  • Exames de fezes e urina;
  • Função hepática TGO e TGP;
  • T4 e TSH para avaliação da tireóide;
  • Exames de imagem como ultrassom, raio-x, ressonância magnética ou tomografia para sintomas específicos.

Não deixe o acompanhamento médico na terceira idade de lado: visite seu geriatra e outras especialidades indicadas anualmente, siga à risca suas recomendações e garanta que a terceira idade seja, definitivamente, a sua melhor idade.

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Equipe da Clínica CEU

Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9

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