De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de colo do útero é o terceiro tumor maligno mais frequente na população feminina, estando atrás do câncer de mama e do colorretal, sendo também a quarta maior causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
Ainda segundo o Instituto, a estimativa para o ano de 2020 é de que 16.590 novos casos da doença sejam diagnosticados.
Saber mais sobre o câncer de colo de útero é necessário para que todas as mulheres possam não apenas estar ciente dos riscos e do tratamento, mas também saberem como se prevenir.
Também chamado de câncer cervical, esse tipo de patologia é causada pela infecção persistente por alguns tipos do Papilomavírus Humano, o HPV.
A infecção genital pelo vírus é muito frequente e, apesar de não causar doenças na maioria das vezes, é possível que em alguns casos ocorram alterações celulares. Essas alterações, por sua vez, podem evoluir para o câncer.
O câncer de colo do útero ocorre principalmente em mulheres com mais de 25 anos, mas é importante ressaltar que o vírus HPV também pode infectar homens e estar associado ao câncer de pênis. E vale lembrar também que este vírus é sexualmente transmissível.
A infecção pelo HPV, como vimos, representa o maior fator de risco para o surgimento do câncer de colo do útero. Ela também é responsável pelo aparecimento de verrugas genitais.
Existem diferentes tipos de vírus HPV e somente alguns são associados ao tumor cancerígeno. São eles:
Entre outros fatores de risco também estão:
Nas fases iniciais, o câncer cervical é assintomático. No estágio intermediário, porém, os sintomas mais comuns são:
Já na fase mais avançada da doença, outros sintomas podem ocorrer, como:
A avaliação ginecológica, bem como a colposcopia e a realização periódica do exame papanicolaou, é imprescindível para o diagnóstico da doença.
Segundo uma pesquisa do INCA, 66% das mulheres brasileiras não associam o HPV ao câncer de colo do útero. E dados ainda mais alarmantes: 18% das brasileiras nunca fizeram um papanicolaou, ao mesmo tempo em que 40% das entrevistadas não acham que exames de rotina podem servir como forma de prevenir a doença.
Essa desinformação coloca muitas mulheres em risco, uma vez que o exame Papanicolaou é capaz de identificar a doença inclusive em sua fase assintomática e até mesmo as lesões pré-malignas.
Porém, o diagnóstico definitivo só é dado após uma biópsia, capaz de definir os sinais de malignidade e identificar o tipo de vírus infectante.
Alguns exames de imagem, como tomografia, ressonância magnética, ultrassom transvaginal, raio-x de tórax, entre outros, podem ser utilizados a fim de determinar o tamanho do tumor e se ele está situado apenas no colo uterino ou se já invadiu outros órgãos e tecidos.
Lembramos que o diagnóstico precoce é essencial para um tratamento assertivo e de bons resultados. Ressaltamos também a importância da realização de exames preventivos, como o papanicolaou, anualmente.
Além do exame preventivo periódico já citado, a principal forma de prevenção do câncer de colo do útero está relacionada com a diminuição do risco de contágio pelo vírus HPV.
Para isso, por se tratar de um vírus transmitido pelas vias sexuais, é recomendado o uso de preservativos durante a relação sexual. A utilização da camisinha também está relacionada com a prevenção de diversas outras enfermidades e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como:
Uma outra forma de se prevenir contra o HPV é a vacinação. A vacina tetravalente contra o HPV protege contra os subtipos 6, 11, 16 e 18 do vírus, e está no calendário vacinal do Ministério da Saúde desde 2014, disponível gratuitamente para meninas de 9 a 13 anos.
Como a vacina ainda não protege contra todos os tipos oncogênicos do vírus, é necessária a combinação desse método de prevenção com os outros citados anteriormente.
O tratamento do câncer de colo do útero deve ser feito com o profissional adequado. É ele quem decide o tipo de procedimento a ser adotado, sendo possíveis processos como cirurgia, radioterapia, ou quimioterapia.
O câncer de colo do útero é uma enfermidade que atinge milhares de mulheres anualmente no Brasil. Para combatê-lo, é necessária a prevenção ativa do HPV, principalmente o uso de preservativos e a realização periódicas do exame preventivo.
E caso seja necessário realizar uma biópsia ou exames de imagem, a Clínica CEU te dá todo o suporte e o melhor atendimento durante o processo. Agende já o seu exame!
Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9