A mamografia é realizada para a detecção de qualquer alteração em tecidos dessa região, como nódulos, lesões e calcificações. Contudo, interpretar o resultado da mamografia nem sempre é algo simples.
É direito da paciente abrir o exame e conhecer a avaliação obtida. No entanto, para entender o resultado e não se preocupar à toa, é fundamental saber um pouco mais da interpretação. A seguir, veja como entender melhor seu resultado de mamografia!
A mamografia é um exame diagnóstico realizado por meio do aparelho chamado mamógrafo, com o objetivo de avaliar a saúde das mamas. Durante o exame, são emitidas baixas doses de radiação. Dessa maneira, é possível encontrar malformações ou anormalidades na região mamária.
Com tecnologia ultra sensível, o exame de mamografia digital é extremamente preciso. Por meio da compressão das mamas, o aparelho obtém imagens que permitem um diagnóstico preciso. Assim, após a realização do procedimento, as imagens podem ser geradas em alta definição para que o resultado seja interpretado da melhor forma por um profissional.
O papel da mamografia é identificar o câncer de mama, assim como outras alterações. Com sua alta tecnologia, o método consegue encontrar nódulos e microcalcificações.
Além disso, tumores em fase inicial, quando ainda não são perceptíveis nem mesmo ao autoexame preventivo. Outro papel fundamental do exame de mamografia é mostrar as características do nódulo encontrado, seu tipo, tamanho e característica (benigno ou maligno). Dessa forma, contribuindo para um diagnóstico precoce e completo.
O resultado da mamografia é resumido no BI-RADS® (Breast Imaging Reporting and Data System). Em uma tradução livre, o BI-RADS® é o Sistema de Relatório de Dados sobre Imagem da Mama.
Esse sistema tem como objetivo estimar a chance da imagem apresentada no resultado da mamografia ser câncer. O BI-RADS® apresenta a porcentagem de chances da lesão identificada ser cancerígena.
A estratégia usada no sistema BI-RADS® ajuda o médico a definir sua conduta. Seja ela com a continuidade da investigação por outros métodos de imagem ou uma biópsia mamária.
O sistema foi inicialmente desenvolvido para categorizar os laudos do resultado da mamografia. Atualmente, o BI-RADS® também é aplicado em exames de ultrassonografia das mamas e de ressonância magnética das mamas.
Considerando que o BI-RADS® apresenta a porcentagem da probabilidade do tecido analisado apresentar células cancerígenas, o sistema é dividido em 6 categorias. Sabia mais sobre elas, a seguir.
Quando o resultado da mamografia é BI-RADS® 0, o exame foi inconclusivo. Isso pode acontecer por problemas técnicos, como mau posicionamento das mamas e axilas no aparelho, além da movimentação da paciente durante o teste.
A categoria 0 também é usada quando há dúvidas sobre a existência de alguma alteração. Isso geralmente implica na realização de uma nova mamografia ou outros exames de imagem.
Na classificação BI-RADS® 1 o exame é normal, sem achados. Nesse caso, o resultado da mamografia não apresenta nenhuma alteração, por isso, não há risco de câncer de mama. Dessa forma, a próxima avaliação mamográfica pode ser feita com intervalo de um ano.
Neste resultado da mamografia, os achados são benignos. O exame detecta alterações. No entanto, apenas pelo aspecto, o responsável pela mamografia consegue determinar quais são de natureza benigna. Alguns exemplos comuns em casos de BI-RADS® 2 são os cistos simples.
No resultado da mamografia que apresenta BI-RADS® 3, os achados são provavelmente benignos. Ainda que as lesões possam ter o aspecto benigno, o médico responsável pelo exame não pode ter 100% de certeza.
Dessa forma, a recomendação é repetir o exame em 6 meses, verificando se ocorreram mudanças ou se os achados anteriores permanecem estáveis. De qualquer modo, o risco para câncer de mama em lesões classificadas por BI-RADS® 3 é de 2%.
Já no BI-RADS®, a suspeita é que exista a presença de lesões cancerígenas. Qual a lesão recebe essa classificação, é solicitada a biópsia, a fim de esclarecer se a natureza é maligna ou benigna.
Contudo, nem sempre as alterações encontradas são correspondentes a um tumor maligno. Por esse motivo, essa categoria é subdividida em BI-RADS® 4A (risco entre 2% a 10%), BI-RADS® 4B (risco entre 11% e 50%), e BI-RADS® 4C (51% e 95%).
O resultado da mamografia com BI-RADS® 5 apresenta elevado risco de câncer. Nessa categoria, o médico pode identificar a lesão ou alteração durante o exame. De qualquer forma, com esse resultado, a biópsia é solicitada para confirmar o diagnóstico da doença.
O BI-RADS® 6 é o resultado com a lesão maligna já identificada. Essa classificação costuma aparecer em laudos de exames de pacientes antes ou durante o tratamento de câncer de mama. Na prática, o BI-RADS® 6 ajuda na identificação da lesão como uma já existente, em que seja contabilizada como um novo caso de câncer.
A partir das informações obtidas na mamografia, o médico deve analisar a necessidade da realização de exames complementares ou não, mantendo somente o acompanhamento e rastreamento da mamografia no próximo ano. Por isso, mesmo que você saiba como interpretar o resultado da mamografia, é fundamental retornar ao médico.
A mamografia é um dos mais importantes exames de rastreamento de câncer e deve ser realizada por todas as mulheres. Para realizá-la, faça seu agendamento no Espaço Mama da Clínica CEU
Responsável pelo conteúdo: Dr Rogério Augusto Pinto da Silva - CRM: 13323 - MG. Currículo Lattes. http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4728497Y9